terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Fisioterapia brasileira foi um dos maiores destaques das Olimpíadas


As Olimpíadas Rio 2016 e as performances dos atletas levaram muitos fãs ao delírio. Os dias foram emocionantes e, a cada medalha, heróis de várias nações receberam homenagens e suas histórias de vida foram narradas. À sua maneira, todos acabaram sendo conquistados pela garra, perseverança, sacrifício e, muitas vezes, superação.
Nesses momentos descobrimos as peças que compõem a engrenagem e, assim como a Construção de Chico Buarque na abertura dos jogos, fomos introduzidos aos outros atores, aos responsáveis pela saúde e bem-estar dos competidores.
Na Vila Olímpica, por exemplo, a Fisioterapia assegurou seu lugar e, há 16 anos, em sua 5ª Olimpíada, o fisioterapeuta responsável do Comitê Olímpico do Brasil (Time Brasil), Dr. Henrique Jatobá, foi um dos incumbidos a garantir esse espaço e, junto a tantos profissionais, consolidar a importância da Fisioterapia na vida do atleta.
Com 21 anos de formação, e tendo sido também atleta, o Dr. Henrique Jatobá, salientou a responsabilidade do trabalho e os desafios impostos. “A nossa missão é contribuir da melhor forma possível para que o atleta possa competir em igualdade com os seus adversários”, enfatizou, ao descrever a importância do preparo físico, da promoção de saúde e da prevenção de lesões.
No total foram 10 fisioterapeutas credenciados e outros cinco em bases não credenciadas, cuja atuação compreendeu todos os atletas brasileiros na competição. Além deste serviço de suporte, houve também fisioterapeutas nas delegações.

QUALIFICAÇÃO

Os grandes eventos permitem uma maior exposição aos envolvidos e, ao mesmo tempo, ressaltam carências e excelências. De acordo com o Dr. Henrique Jatobá, as Olimpíadas acentuaram a necessidade de mais fisioterapeutas esportivos, oportunizando espaço à estimulação da capacitação profissional. Além disso, ofereceram uma visão mais ampla do nível do profissional brasileiro, expondo méritos e defeitos. Para ele, apesar do alto número de cursos de formação, ainda é necessário maior investimento na qualidade, principalmente pela falta de conhecimento em relação às diferenças entre um paciente habitual e um atleta de alta performance.

DEMANDA

Outro ponto ressaltado pelo fisioterapeuta foi o crescimento do esporte brasileiro, e não apenas os de alto rendimento, mas também os praticados pelo cidadão comum. “Há aumento na demanda por profissionais. As pessoas têm praticado mais exercícios, buscado informações e profissionais qualificados para atendê-las e orientá-las”, completou.

DIFERENCIAL

“A Fisioterapia brasileira é a melhor do mundo. Tenho contato com colegas de outros países, mas o que podemos perceber é que a terapia manual, avaliação detalhada e a abordagem manual são os nossos diferenciais. Nos destacamos pelo detalhe do toque, da mão, da sensibilidade, da possibilidade de tratar com recursos manuais”, enfatizou o Dr. Henrique Jatobá. Depois de mais de uma década convivendo com vários profissionais ao redor do mundo, o intercâmbio proporcionou comparação em relação à atuação dos fisioterapeutas e, embora existam países com formação similar, muitos outros optam preferencialmente pela utilização de equipamentos e, consequentemente, oferecem pouco contato com o atleta.

ESPAÇO ASSEGURADO

Para o fisioterapeuta do Time Brasil, a Fisioterapia ocupou um espaço definitivo dentro de uma delegação e fundamental dentro de uma comissão técnica. “Hoje, o atleta não se vê mais sem essa assistência”, comemorou o Dr. Henrique Jatobá.
Segundo ele, o fisioterapeuta tem uma visão mais dinâmica e analisa mais a função, inclusive, o gestual. Isso faz com que seja possível detectar mecanismos lesionais relacionados aos gestuais incorretos, ou à repetição em excesso durante a prática da modalidade esportiva.

VIDA ESPORTIVA PROLONGADA

Um dos principais problemas apontados pelo Dr. Henrique Jatobá é a falta da informação de que o trabalho da Fisioterapia na base pode ser de extrema relevância à duração da vida esportiva do atleta. Para ele, a partir do momento que o fisioterapeuta começa a atuar no campo de treinamento, junto com o técnico e preparador físico, é possível analisar a quantificação, as repetições e a intensidade do treinamento, e, com isso, adotar estratégias de prevenção. “Diariamente com o atleta, vendo-o treinar, a rotina e o volume de treinos nos permitem intervir e prevenir lesões”, afirmou.

EDUCAÇÃO

A educação do atleta quanto à importância dos profissionais de saúde também é fundamental. Apesar de uma vasta atuação na parte de promoção e prevenção, muitas vezes o primeiro contato do atleta acaba sendo após a lesão. De acordo com o Dr. Henrique Jatobá, é fundamental a inserção do fisioterapeuta na base, quando o atleta está dando os seus primeiros passos. Assim, o profissional conhece as vantagens, passa a utilizar os serviços e pode ter mais qualidade de vida e mais tempo de atuação.
Fonte COFFITO.

Exigência para abrir uma clínica de Fisioterapia



Para dar início ao processo de abertura da empresa é necessário que se cumpram os seguintes procedimentos:
1)Consulta Comercial Antes de realizar qualquer procedimento para abertura de uma empresa deve-se realizar uma consulta prévia na prefeitura ou administração local. A consulta tem por objetivo verificar se no local escolhido para a abertura da empresa é permitido o funcionamento da atividade que se deseja empreender. Outro aspecto que precisa ser pesquisado é o endereço. Em algumas cidades, o endereço registrado na prefeitura é diferente do endereço que todos conhecem. Neste caso, é necessário o endereço correto, de acordo com o da prefeitura, para registrar o contrato social, sob pena de ter de refazê-lo. Órgão responsável: · Prefeitura Municipal; · Secretaria Municipal de Urbanismo.
2) Busca de nome e marca Verificar se existe alguma empresa registrada com o nome pretendido e a marca que será utilizada. Órgão responsável: · Junta Comercial ou Cartório (no caso de Sociedade Simples) e Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI).
3) Arquivamento do contrato social/Declaração de Empresa Individual Este passo consiste no registro do contrato social. Verifica-se também, os antecedentes dos sócios ou empresário junto a Receita Federal, por meio de pesquisas do CPF. Órgão responsável: · Junta Comercial ou Cartório (no caso de Sociedade Simples).
4) Solicitação do CNPJ Órgão responsável: · Receita Federal.
5) Solicitação da Inscrição Estadual Órgão responsável: · Receita Estadual
6) Alvará de licença e Registro na Secretaria Municipal de Fazenda O Alvará de licença é o documento que fornece o consentimento para empresa desenvolver as atividades no local pretendido. Para conceder o alvará de funcionamento a prefeitura ou administração municipal solicitará que a vigilância sanitária faça inspeção no local para averiguar se está em conformidade com a Resolução RDC nº 216/MS/ANVISA, de 16/09/2004. Órgão responsável: · Prefeitura ou Administração Municipal; · Secretaria Municipal da Fazenda.
7) Matrícula no INSS Órgão responsável: Instituto Nacional de Seguridade Social; Divisão de Matrículas – INSS Além de todos esse processos, o empreendedor deverá registrar clInica de fisioterapia junto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária- ANVISA que tem por finalidade institucional promover a proteção da saúde da população por intermédio do controle sanitário da produção e da comercialização de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados. O empreendedor deverá consultar ainda o órgão de fiscalização ambiental (Feam) ou a Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – Supram, a fim de obter esclarecimentos sobre regularização ambiental, e se for o caso obter a Certidão de Dispensa – CD junto ao órgão ambiental competente. O empreendedor(a) que resolver abrir uma Clínica/Consultório de Fisioterapia, além de ter que providenciar as etapas acima citadas, terá também que cumprir as seguintes exigências legais: Para que uma Clínica de Fisioterapia possa funcionar regularmente, a legislação em vigor exige que ela seja dirigida por fisioterapeuta que exercerá a atividade na qualidade de responsável técnico, devidamente habilitado para o exercício das funções. O exercício da atividade na área de fisioterapia é permitido somente aos portadores de habilitação profissional, pois esta atividade de saúde é regulamentada pelo Decreto-Lei 938/69, Lei 6.316/75, e resoluções do COFFITO, Decreto 9.640/84, Lei 8.856/94.
Providências necessárias enquanto: Pessoa Jurídica a) Responsabilidade Técnica pelo serviço da empresa perante o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – CREFITO; b) Comprovação do registro do profissional no CREFITO; c) Registro da empresa no CREFITO. Pessoa Física a) Registro do Profissional no CREFITO; b) Cadastramento do seu consultório no CREFITO. Todo estabelecimento cuja atividade requer a participação de fisioterapeuta, como é o caso das Clínicas de Fisioterapia, está obrigado a se registrar no Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – CREFITO de sua região.

O que é e onde fica o mesentério, o 'novo' órgão do corpo humano identificado por cientistas

A primeira menção ao mesentério publicamente conhecida foi feita por Leonardo da Vinci em um de seus escritos sobre a anatomia humana no início do século 16.
Mas esta parte do corpo, que até bem pouco tempo era considerada apenas um ligamento do aparelho digestivo, acaba de ser reclassificada.
Ao fim de um estudo que durou mais de seis anos, cientistas acreditam agora que a estrutura é, na verdade, um órgão único e contínuo.
Trata-se, portanto, da mais nova descoberta no corpo humano.
"A descrição anatômica de cem anos atrás era incorreta. Este órgão está longe de ser fragmentado; é uma estrutura simples, contínua e única", assinalou J. Calvin Coffey, pesquisador do University Hospital Limerick, na Irlanda, responsável pela equipe que realizou a descoberta.
A reclassificação foi publicada em um artigo assinado por Coffey e por seu colega Peter O'Leary na prestigiada revista científica The Lancet Gastroenterology & Hepatology.
"No estudo, que foi revisado e aprovado por colegas, dizemos que agora temos um órgão no corpo que até esta data não era reconhecido como tal", assinalou Coffey.

Novo órgão, nova ciência

O mesentério é uma dobra dupla do peritônio - como se chama o revestimento da cavidade abdominal - que une o intestino com a parede do abdômen e permite que ele se mantenha no lugar.
Dessa forma, o estudo das funções deste novo órgão pode abrir caminho para novos métodos cirúrgicos do aparelho digestivo.
Em 2012, Coffey e seus colegas mostraram os resultados de sua pesquisa com microscópio nos quais sugeriam que o mesentério tinha uma estrutura contínua, característica necessária para que fosse considerado um órgão.
Desde então, os pesquisadores se dedicaram a coletar provas para embasar a reclassificação dessa parte do corpo humano, que culminaram na publicação do artigo.
E embora o funcionamento do aparelho digestivo não mude com a descoberta, a confirmação de que esta estrutura é efetivamente um órgão "novo" abre caminho para novos estudos.
"Podemos categorizar doenças digestivas relacionadas a este órgão", exemplifica Coffey.

Função

No entanto, depois de detalhar estrutura e características anatômicas, cientistas pretendem agora entender melhor a função do novo órgão, além de proporcionar sustentação e permitir a irrigação sanguínea às vísceras.
"Esse é o próximo passo. Se entendemos sua função, podemos identificar as anomalias, e estabelecer quando há uma doença, ou seja, quando o órgão passe a funcionar de modo anormal", afirma Coffey, em nota enviada à imprensa.
O estudo, afirmam os especialistas, pode ser a chave para entender melhor algumas doenças abdominais e digestivas, bem como aprimorar os tratamentos atuais.
Ou seja, pode permitir, por exemplo, o desenvolvimento de novas técnicas cirúrgicas menos invasivas, com menos complicações ou com uma melhor taxa de recuperação do paciente.
Enquanto a pesquisa não é concluída, uma das mudanças mais imediatas, contudo, será no ensino da medicina, que passará a incluir o mesentério na lista dos quase 80 órgãos do corpo humano que conhecemos.
Fonte: BBC