segunda-feira, 29 de agosto de 2016

O fisioterapeuta como parte indispensável no esporte paralímpico


Com o surgimento do esporte para pessoas com deficiência sendo marcado pela necessidade médica de sobrevida para os mutilados de guerra, tornou-se imprescindível a organização de regras para inserção desses indivíduos nos esportes. Assim, foi criada a classificação esportiva, com o objetivo de nivelar aspectos da capacidade física e competitiva, colocando as funcionalidades de movimento ou as deficiências semelhantes em grupos ou classes competitivas determinadas.
A classificação esportiva paralímpica, de acordo com o fisioterapeuta e classificador funcional de atletismo pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, Randy Marcos, é dividida em classificação médica para atletas com deficiência visual, classificação funcional para os deficientes físicos e classificação psicológica para os atletas com deficiência intelectual. “Cada esporte determina seu próprio sistema de classificação, pois as habilidades funcionais variam de acordo com os gestos esportivos”, explica.
Segundo o fisioterapeuta, a classificação funcional deve ser realizada por três profissionais da área de saúde: médico, fisioterapeuta e o profissional de educação física, sendo realizada em três etapas:
 – Médica (clínica): são realizados testes clínicos para determinar a lesão e o comprometimento do atleta (testes neurológicos, de coordenação, força muscular, entre outros)
– Funcional: são realizados testes funcionais para determinar o comprometimento na realização dos gestos esportivos (movimentos específicos do esporte, por exemplo);
– Observação: são realizadas as observações das provas disputadas pelo atleta para ratificar os achados durante a competição;
O fisioterapeuta, de posse das suas habilidades no trabalho com pessoas com deficiência, tem primordial importância para o quadro de classificadores por exercer a avaliação funcional do atleta. De acordo com Randy Marcos, testes específicos da fisioterapia devem ser realizados para que a classificação seja eficaz.
Para ele, é a união das habilidades de cada profissional que garante o sucesso da categorização. “Para o sucesso da classificação funcional, é imprescindível o respeito mútuo entre os classificadores, clínicos e técnicos, pois cada um é capaz de realizar seus testes específicos e verificar algum achado digno de discussão para a definição da classe”, diz.
O trabalho da fisioterapia no processo de classificação funcional nas competições paralímpicas é mais uma nova possibilidade de atuação no esporte. E várias modalidades necessitam desses profissionais habilitados.
Fonte: Fala Fisio

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