segunda-feira, 27 de junho de 2016

Fisioterapia e as contrações musculares



Uma das grandes dúvidas que eu tinha lááá no ínicio da carreira na Fisioterapia era como os diferentes tipos de contrações musculares poderiam me ajudar num tratamento. Há três tipos de contração muscular: 
  • contração isometrica (metria = comprimento; iso = igual ou constante)
  • contração isotônica (que pode ser dividida em excêntrica e concêntrica)
  • contração isocinética (cinética = velocidade; iso = igual ou constante)
A contração isométrica é aquela onde o músculo desenvolve tensão, porém não há alteração em seu comprimento externo. Em outras palavras, a contração isométrica é aquela em que o músculo contrai-se e produz força sem nenhuma alteração macroscópica no ângulo da articulação. Ou seja, se o Fisioterapeuta achar por bem não movimentar a articulação, esse tipo de contração pode ser utilizada para trabalhar a musculatura, sendo muito utilizado em indivíduos descondicionados. 
O maior empecilho do trabalho isométrico é a sua parca transferência para o mundo real, visto que, a maioria de nossas atividades diárias envolvem contrações excêntricas e concêntricas. Além disso, o exercício isométrico apenas provoca hipertrofia do grupo muscular no ângulo articular no qual o músculo é sobrecarregado, limitando-se, assim, o desenvolvimento de força por toda a amplitude de movimento.
O segundo tipo de contração que será abordado é a  contração isotônica ou contração dinâmica. Acontece quando há o deslocamento do segmento. Ela pode ser dividida em 
  • concêntrica, que é aquela onde a potência é maior que a resistência e a fibra muscular sofre uma diminuição de seu tamanho (encurta-se), isto é, a origem se aproxima da inserção; 
  • excêntrica que é aquela onde a resistência é maior que a potência onde as fibras, por possuírem características elásticas, se ampliam fazendo com que o ponto de origem do músculo se afaste da inserção ou quando o músculo se alonga durante o tempo em que está exercendo tensão. 
Este tipo de contração muscular é a modalidade de treinamento de força mais popular que existe. É o exercicio puro da Cinesioterapia, com ou sem resistência. O exercício é considerado isotônico quando o segmento move uma resistência específica por uma amplitude de movimento. È importante salientar, que a carga real (mesmo sendo igual) imposta ao músculo varia pela amplitude de movimento , logo o torque motor desenvolvido pelo músculo não é igual devido as mudanças no comprimento-tensão e força-ângulo. 
O terceiro e último tipo de contração isocinética. Nesse tipo de contração, a tensão desenvolvida pelo músculo é máxima em todos os ângulos articulares durante toda a amplitude de movimento porque ela é realizada em uma velocidade constante. A velocidade é controlada e a resistência é variada ao longo do arco de movimento. 
As vantagens da contração isocinética são:
  • é capaz de obter contração máxima ao longo da amplitude total de movimento, oferecendo maior eficiência do rendimento muscular; 
  • a sobrecarga nas articulações é pequena pois é a força produzida pelo paciente que controla a sobrecarga imposta pelo aparelho
  • é capaz de realizar uma gama de testes musculares através das diferentes velocidades aplicadas e de diferentes posturas. 
A medida que o indivíduo tenta gerar tensão máxima na velocidade específica de contração, a tensão irá variar devido à mudança nas alavancas e inserções musculares. O trabalho isocinético além de trabalhar força pode trabalhar endurance melhorando assim, o desempenho. 
De fato, as contrações musculares e suas atuações em sobrecargas e fortalecimentos de estruturas envolvidas são de suma importância para o fisioterapeuta. Ao colocar esses ensinamentos no dia a dia do paciente, a eficiência de um tratamento prescrito é muito maior.

Fonte: Faça Fisioterapia

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