terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Coreia e atetose


A coreia consiste em movimentos involuntários breves, espasmódicos, semelhantes à dança, que se iniciam numa parte docorpo e passam para outra de um modo brusco e inesperado, e muitas vezes de forma contínua. A atetose é um fluxo contínuo de movimentos lentos com posições retorcidas e alternantes que se exprimem geralmente nas mãos e nos pés. A coreia e a atetose costumam apresentar-se conjuntamente (coreatetose).

Causas
A coreia e a atetose não são doenças, mas trata-se antes de sintomas que podem ser consequência de várias doenças diferentes. As pessoas com coreia e atetose apresentam anomalias nos gânglios basais do cérebro.   Os gânglios basais intervêm na precisão e uniformidade dos movimentos que se iniciam depois de receber as ordens do cérebro. Na maioria das formas da coreia verifica-se a disfunção devido a um excesso do neurotransmissor dopamina nos gânglios basais. A coreia pode piorar devido a fármacos ou a doenças que alterem os valores de dopamina ou que modifiquem a capacidade do cérebro para reconhecer a dopamina.

A doença de Huntington é a que causa com maior frequência a coreia e a atetose, mas é pouco frequente e afecta menos de 1 em cada 10 000 pessoas. A doença de Sydenham (também conhecida como o mal de São Vito ou coreia de Sydenham) é uma complicação de uma infecção na infância causada por estreptococos, a qual podem durar vários meses. Às vezes, a coreia afecta, sem razão aparente, as pessoas de idade avançada e aparece particularmente nos músculos da boca. Também pode afectar mulheres nos três primeiros meses da gravidez, mas desaparece sem tratamento pouco depois do parto. 

A coreia que se desenvolve como um efeito secundário depois da administração de medicamentos costuma melhorar quanto estes são suspensos, mas a coreia em si quase nunca desaparece. Os fármacos que bloqueiam a acção da dopamina, como os antipsicóticos, podem ser úteis para controlar os movimentos anormais.


Fonte: Faça Fisioterapia

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