terça-feira, 10 de março de 2015

Paralisia Facial e a fisioterapia



A expressão facial é nosso principal meio de comunicação não verbal. É como nos apresentamos ao mundo e como os outros distinguem nossas emoções. Uma pessoa com paralisia da face fica desprovida de certas emoções e a medida que começa a restabelecer sua mobilidade fisionômica, essas emoções começam a ressurgir. ou mais conhecida como Paralisia de Bell, apresenta sinais e sintomas dependentes do acometimento do VII par craniano. A compressão desta estrutura, por uma inflamação sem procedência aparente, pode trazer consigo, principalmente, a privação completa dos movimentos faciais ipsolateral à lesão. Atualmente, esta paralisia acomete uma a cada cinco mil pessoas num ano.

Não há preferências por um certo grupo de pessoas, apenas observa-se uma predileção por indivíduos entre 30 a 40 anos. Aproximadamente oito horas após o momento que ocorre a inflamação, os sinais e sintomas começam a ser evidenciados, o rosto desvia sua linha média, a boca não fecha completamente e os olhos já não possuem a mesma força de oclusão.

Para antecipar a resolução do quadro a fisioterapia utiliza de vários recursos e técnicas. A laserterapia de baixa intensidade tenta controlar o quadro inflamatório nos primeiros dias de lesão. A mobilização passiva através da massagem, associada a cinesioterapia e crioterapia, resulta em um imenso ganho de força e tônus muscular. Nem só a hemiface comprometida deve receber atendimento. Uma vez que o tônus ausenta-se, contralateralmente os músculos estão recebendo uma menor resistência e tornam-se hipertônicos em relação ao lado lesado. Para tanto, emprega-se o calor superficial que auxilia no tratamento cinesioterapêutico e de massagem.

O tratamento poderá ser incrementado com a utilização da técnica de facilitação neuromuscular proprioceptiva e orientações domiciliares. O prognóstico é benéfico em 80% dos casos, onde em menos de oito semanas as manifestação regridem.


Nos casos mais graves, onde a resolução não ocorre em pelo menos dois meses, pode-se utilizar a eletroterapia como coadjuvante do tratamento.

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