quinta-feira, 26 de março de 2015

Conheça 11 causas comuns para a tontura



A terceira queixa mais comum em consultórios médicos do Brasil é a tontura. O sintoma só fica atrás de dor e febre. E, assim como os outros dois, a tontura pode ter uma série de razões ocultas — mais de 300 quadros clínicos podem levar a essa sensação. Portanto, é certo: quem ainda não teve, em algum momento da vida, terá sinais como falta de equilíbrio, sensação de possível queda ou de que a cabeça está girando.

Em geral, as causas estão relacionadas com o labirinto, uma estrutura localizada no ouvido interno que está relacionada à audição e equilíbrio. Quando ele é afetado por um dos fatores – que podem ser infecciosos, inflamatórios, neoplásicos (decorrentes de tumores), entre outros — a pessoa fica com a sensação de ter perdido o equilíbrio. O ideal é que um médico seja procurado assim que o sintoma aparecer. Segundo Fernando Ganança, otorrinolaringologista da Sociedade Brasileira de Otologia (SBO), mais de 90% das pessoas apresentam melhora parcial ou total depois de iniciar um tratamento.

Outra boa notícia é que raramente a tontura indica um problema neurológico mais sério, como um derrame, hemorragia cerebral ou esclerose múltipla.

Atenção -- Casos em que a tontura ocorrer após uma forte pancada na cabeça, vier acompanhada de febre alta, perda súbita de audição, dor no peito e visão turva devem seguir imediatamente para o serviço de emergência hospitalar. Enfraquecimento das pernas ou braços, fala embaralhada, perda de consciência e mal-estar acompanhado de náusea e vômito, além da presença de desequilíbrio intenso também fazem parte dos sinais que indicam a necessidade de procurar imediatamente um hospital. Abaixo, 11 causas comuns para a tontura:

Anemia
Quando o corpo não possui ferro suficiente para produzir hemoglobina — proteína que transporta oxigênio no sangue — a pessoa pode ter tontura, entre outros sintomas, se não houver tratamento.
Gripe
Pode obstruir a cavidade nasal. Com o nariz congestionado, outras áreas são afetadas e podem trazer consequências diretas ao labirinto, causando a tontura.
Enxaqueca
As dores de cabeça podem vir acompanhadas de náuseas e sensibilidade à luz. Em alguns casos, a enxaqueca pode vir junto com tontura.
Síndrome metabólica
Problemas como diabetes ou colesterol alto também podem causar tonturas. No caso do colesterol, por exemplo, há um engrossamento do sangue que prejudica a oxigenação do labirinto — fazendo com que o sintoma ocorra.
Transtornos de ansiedade
Sintomas como respiração ofegante, taquicardia e tontura podem ser sintomas de uma crise de ansiedade.
Distúrbios hormonais
A menopausa ou distúrbios na tireoide comprometem o labirinto. Nesse caso, a tontura pode não ser permanente, mas recorrente.
Distúrbios neurológicos
Entre 10 e 15% das tonturas tem origem neurológica, como por exemplo tumores que envolvam o próprio labirinto ou os nervos que saem dele, além de doenças degenerativas.
Lesões
Uma pancada forte na cabeça pode afetar o labirinto. Um trauma acústico também - por exemplo, se uma pessoa ficar próxima de uma caixa acústica potente poderá ter tontura. Outro tipo de lesão é o barotrauma, que é ligado a pressão no interior do corpo. O problema pode ocorrer ao decolar no avião ou durante um mergulho na água.
Medicamentos
Alguns medicamentos têm a tontura como efeito colateral. Por isso, é importante questionar o médico sobre as reações adversas dos remédios.
Distúrbios na visão
Problemas visuais, como distúrbios de refração (como miopia, hipermetropia, astigmatismo), e alterações na pressão intraocular podem dar a falsa sensação de movimento, causando tontura.
Doenças cardiovasculares
Arritmias, hipertensão e alterações dos vasos que levam o sangue para o ouvido, como é o caso da aterosclerose, alteram o fluxo de sangue que vai até o labirinto.

Fontes: Alfredo Salim Helito, clínico-geral do Hospital Sírio-Libanês; Ítalo Medeiros, chefe laboratório do Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; Fernando Ganança, otorrinolaringologista da Sociedade Brasileira de Otologia (SBO) e chefe da disciplina de Otoneurologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

Fonte: Veja

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