segunda-feira, 2 de junho de 2014

Fratura por estresse: conheça sinais, riscos e tratamento para o problema


As fraturas por estresse representam 10% de todas as fraturas esportivas. Corredores e militares são os grupos mais suscetíveis ao problema devido à grande quantidade de impacto nos membros durante a prática de exercícios. A fadiga e o desequilíbrio muscular são os principais responsáveis por essas fraturas, pois a redução da absorção do impacto sobre o osso - devido à fraqueza muscular ou à falha na absorção - gera um aumento do estresse em pontos focais (fratura microscópica) e, se não corrigido a tempo, pode levar à fratura macroscópica (possível de ver no raio-x).

Existem outras causas que devem ser investigadas, pois diversos são os fatores que contribuem para a patogênese da doença. Eles podem ser classificados em dois subtipos: intrínsecos e extrínsecos. Em geral, os fatores extrínsecos estão relacionados ao tipo e ritmo de treinamento, ao uso de calçados e equipamentos esportivos, condicionamento físico,  local de treinamento e à temperatura do ambiente. Já os fatores intrínsecos incluem idade, sexo, raça, densidade e estrutura óssea, equilíbrio hormonal, menstrual, metabólico e nutricional, ritmo de sono e doenças do colágeno.

Embora as fraturas por estresse possam acometer todo o tipo de osso, elas são mais comuns em ossos que suportam o peso corporal, especialmente os membros inferiores. Estudos com corredores revelam maior incidência de fraturas por estresse na tíbia, seguida dos metatarsos, fíbula, fêmur e navicular.

QUADRO CLÍNICO

- Dor de início insidioso, piora com atividade física e melhora com repouso, edema após esforço, sem história de trauma;
- Dor forte à palpação do local acometido;
- Queda de desempenho e alterações abruptas no treinamento

CLASSIFICAÇÃO

- Baixo risco: São fraturas de bom prognóstico para consolidação. Estão localizadas na zona de compressão do osso. Dentre elas, temos: fêmur proximal (cortical infero-medial), diáfise da tíbia (cortical posterior), tíbia proximal, fíbula, metatarsos (2º, 3º e 4º), membros superiores e costelas.
- Alto risco: Prognóstico ruim para a consolidação. Estão localizadas na zona de tensão do osso. Dentre elas, temos: fêmur proximal (cortical súpero-lateral), diáfise da tíbia (cortical anterior), maléolo medial, navicular, 5º metatarso e cuboide, patela, sesamóide e tálus.

TRATAMENTO

O tratamento é conservador, principalmente nas fraturas de baixo risco, com interrupção das atividades de impacto, sendo permitida a realização de atividades na água e exercícios de fortalecimento e alongamento, com intuito de manter a condição muscular e cardiorrespiratória. No geral, a imobilização não é necessária ou pode ser utilizada por curto período.

O uso de muletas é empregado para proteção em algumas fraturas. Se a dor é incapacitante, recomenda-se o uso de analgésicos e anti-inflamatórios apenas por curto período. Nas fraturas de alto risco, o tratamento é mais rigoroso, com repouso absoluto e imobilização. Se não houver boa evolução, o tratamento cirúrgico com fixação da fratura é indicado. Em alguns casos, a cirurgia pode ser indicada precocemente.

Fonte: Eu Atleta

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