quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

A Fisioterapia na Ginecologia e na Obstetrícia


A Fisioterapia em ginecologia e obstetrícia, apesar de pouco conhecida, é uma especialidade de grande importância no atendimento de gestantes, pacientes com incontinência urinária, pacientes mastectomizados (retirada da mama), entre outros.

É uma especialidade que exige do fisioterapeuta uma mistura de atributos especialmente amadurecida que, quando preciso, permita à paciente revelar com confiança alguns dos detalhes mais íntimos e pessoais de sua vida. Além de um bom conhecimento teórico e um alto grau de competência clínica, o fisioterapeuta deve sempre conceder tempo para ouvir ser facilmente abordável imperturbável e não ser crítico.

O fisioterapeuta que trabalha nos campos da obstetrícia e ginecologia deve estar preparado para clientes que queiram debater as suas dificuldades sexuais. O fisioterapeuta deve respeitar o desejo dessas pessoas de confiarem ou não nele, ouvir sem senso crítico e, se incapaz de ajudar diretamente, deve conhecer fontes de aconselhamento psicossocial na área.

A fisioterapia na obstetrícia

Na área da obstetrícia o papel do fisioterapeuta é o de ajudar a mulher a ajustar-se às mudanças físicas do começo ao fim da gravidez e do puerpério de modo que o estresse possa ser minimizado.  Ao ser encaminhada para um acompanhamento fisioterápico pelo obstetra, a gestante deve passa por uma avaliação completa e pormenorizada, composta por uma entrevista ou anamnese e um exame físico, realizados pelo fisioterapeuta, antes do início das sessões. Na anamnese serão coletadas as informações pessoais sobre a gestante e sua família, os dados da gestação atual, sintomas relacionados à gravidez e seus ajustes além da aferição dos sinais vitais. No exame postural, o fisioterapeuta poderá observar a gestante em várias posturas, durante a realização de alguns movimentos e também ao caminhar, detectando assim as principais dificuldades da gestante para então elaborar uma conduta fisioterápica de maneira a aliviá-las.

Ele avaliará e tratará de quaisquer problemas, por exemplo, esqueléticos e musculares, como dor nas costas. Ele é um professor experiente de relaxamento afetivo, respiração atenta e posicionamento, e ainda, ajuda a preparar a mulher para o parto. No período pós-parto ele dará conselhos sobre a atividade física, ensinará exercícios pós-parto e, quando necessário, dará tratamento especializado.

O fisioterapeuta, além de atuar em obstetrícia, tem participação na área ginecológica, no preparo pré-operatório e recuperação no pós-operatório de cirurgias ginecológicas.

O fisioterapeuta, em seu trabalho com gestantes, tem como metas gerais promover uma melhor postura antes e após a gestação, aumentar a percepção da mecânica corporal correta, preparar os membros superiores para as demandas de cuidados ao bebê, promover uma maior percepção corporal e uma imagem corporal positiva, preparar membros inferiores para as demandas do aumento no peso a ser suportado e compromissos circulatórios, melhorar a percepção corporal e uma imagem corporal positiva, melhorar a percepção e controle da musculatura do assoalho pélvico, manter a função abdominal e prevenir ou corrigir a patologia da diástase dos retos, promover ou manter um preparo cardiovascular seguro, prover informações sobre as mudanças que ocorrem na gravidez e no parto, melhorar a capacidade de relaxamento, evitar problemas.

Acompanhando a gravidez prepara a paciente fisicamente para o trabalho de parto, expulsão e atividades após o parto, e orienta exercícios progressivos e seguros para o pós-parto. Essas metas visam preparar a mulher durante o período tão especial em sua vida com prazer e saúde.

A fisioterapia na ginecologia

O fisioterapeuta, além de atuar em obstetrícia, tem participação na área ginecológica, no preparo pré-operatório e recuperação no pós-operatório de cirurgias ginecológicas. Uma avaliação completa de Fisioterapia é essencial tanto quanto possível antes da cirurgia, porque o tratamento instituído antes da cirurgia irá ser lucrativo para certas mulheres, como por exemplo, aquelas com tórax em mau estado de saúde, má postura, dor nas costas, base pélvica fraca ou debilidade geral É atualmente eficiente proporcionar pelo menos uma avaliação e tratamento preparatório antes da operação.

Os fisioterapeutas devem se assegurar de que os cirurgiões e a equipe de enfermagem estejam plenamente cientes de tudo que um fisioterapeuta é capaz de fazer para contribuir no tratamento da paciente e, somente então, serão atendidos os maiores interesses da paciente. Estas intervenções visam prevenir complicações como risco de pneumonia; dor e desconforto pós-cirúrgico risco de complicações vasculares; desenvolvimento de adesões no local da incisão; má postura; disfunção do assoalho pélvico; fraqueza abdominal. Etc.

Outro grande problema de saúde tratado em ginecologia é a incontinência urinária. O foco do tratamento fisioterapêutico é o reforço dos músculos que compõem o assoalho pélvico através de exercícios e eletroestimulação, e a reeducação miccional. Nos casos de tumor de mama, a cirurgia é algo comum. O cirurgião retira a mama ou parte dela e ainda os nódulos linfáticos, evitando que o tumor se espalhe para outras partes do corpo. Porém, ao retirar os nódulos linfáticos, a circulação linfática fica comprometida e, dessa forma, ocorrem alguns sintomas indesejáveis na paciente, como edema (inchaço) em membro superior, dor causada pelo edema, dificuldades de movimentar o membro e prejuízos na qualidade de vida.

A proposta fisioterapêutica, nesses casos, é a de tratar o paciente através de técnicas de drenagem linfática, exercícios para devolver a mobilidade e reeducar a postura e orientações quanto a atividades de vida diária para as pacientes.

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