quarta-feira, 27 de março de 2013

Crianças que fazem exercícios regularmente têm melhor saúde óssea na velhice

De acordo com pesquisadores, praticar atividades físicas na infância provoca aumento da massa óssea, o que ajuda a evitar fraturas na terceira idade



Praticar atividades físicas regularmente desde a infância pode ajudar a reduzir o risco de fraturas ao atingir idade avançada. É o que mostra um estudo feito por pesquisadores do Hospital Universitário de Skåne, na Suécia, e apresentado neste sábado em um encontro da Sociedade Americana de Ortopedia para Medicina Esportiva (AOSSM).
De acordo com Bjorn Rosengren, principal autor do estudo, essa relação entre exercícios na infância e diminuição do risco de fraturas ocorre devido ao aumento do pico de massa óssea (quantidade máxima de massa óssea que um indivíduo acumula desde o nascimento até a maturidade do esqueleto, antes do início da perda associada ao envelhecimento), que ocorre em crianças que praticam exercícios regularmente.
Estudo – Os pesquisadores conduziram por seis anos um estudo populacional com 362 meninas e 446 meninos entre sete e nove anos de idade em Malmö, na Suécia. As crianças participantes do estudo tiveram 40 minutos diários de educação física na escola, enquanto no grupo de controle, 780 meninas e 807 meninos praticavam apenas uma hora semanal de exercícios.  A incidência de fraturas e o desenvolvimento ósseo de todos os participantes foram acompanhados anualmente e, ao final do período de estudo, o risco de fraturas era similar nos dois grupos, mas a densidade óssea da coluna vertebral era mais elevada nas crianças que praticaram mais exercícios.
A equipe também realizou um estudo retrospectivo, comparando 709 homens ex-atletas com idade média de 69 anos e 1.368 homens no grupo de controle, com idade média de 70 anos. Os resultados mostraram que a densidade óssea dos ex-atletas sofreu uma redução mínima na idade avançada, em comparação com o grupo de controle.
"Nosso estudo destaca mais um motivo pelo qual crianças precisam praticar atividades físicas regularmente para melhorar sua saúde, tanto no presente quanto no futuro", afirma Rosengren.

Fonte: Revista Veja

sexta-feira, 22 de março de 2013

As pessoas que desejam evitar a artroscopia agora podem ter certeza de que a fisioterapia é uma boa opção


Para tratar de um rompimento do menisco ou artrite no joelho, a cirurgia não necessariamente é a melhor solução. A fisioterapia também pode dar bons resultados, segundo um estudo clínico publicado nesta terça-feira nos Estados Unidos.



"Nossas pesquisas demonstram que não existe um tratamento único e melhor, já que tanto as pessoas tratadas com fisioterapia como com cirurgia no joelho (artroscopia) apresentaram uma notável melhora", disse Jeffrey Katz, professor de Cirurgia Ortopédica da Escola de Medicina da Universidade de Harvard.

Katz é o principal autor do estudo publicado na revista New England Journal of Medicine e apresentado na conferência anual da Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos, reunida em Chicago.

"As pessoas que desejam evitar a artroscopia agora podem ter certeza de que a fisioterapia é uma boa opção", acrescentou, apesar de advertir que "nem todos podem alcançar uma melhoria significativa da condição do joelho sem cirurgia".

O estudo clínico foi realizado com 351 participantes com mais de 45 anos com ruptura do menisco ou osteoartrite de joelho. A metade foi selecionada ao acaso para se submeter à cirurgia e a outra metade recebeu semanas de fisioterapia. Depois de um período de seis a 12 meses, os pesquisadores avaliaram o joelho dos pacientes.

Mais de 450.000 artroscopias são realizadas todos os anos nos Estados Unidos, especialmente para o tratamento de lesões do menisco.

O custo desta intervenção é de cerca de 4.500 dólares em média em comparação com um máximo de 2.000 dólares por sessões de fisioterapia.

Fonte: Portal R7

quarta-feira, 20 de março de 2013

Pane mental, efeito de uma noite insone


A privação do sono amplia transtornos de humor, como a ansiedade, e prejudica o aprendizado e a tomada de decisões














Se você anda adotando estratégias erradas no dia a dia, convivendo com desempenhos baixos e discutindo sem motivo aparente, preste atenção no seu sono. Novas pesquisas confirmam que uma noite maldormida destrambelha o processamento das emoções, compromete o raciocínio e até debilita a memória.

Segundo um estudo do Laboratório de Sono e Neuroimagem da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, indivíduos que passam pouco tempo na cama por apenas uma noite já ficam mais aflitos do que o normal ao serem obrigados a cumprir uma tarefa desafiadora. Exames de imagem retratam que a privação do sono catapulta o impacto do estresse em áreas do cérebro responsáveis pela atividade emocional, especialmente na amígdala, estrutura relacionada a respostas negativas e a experiências desagradáveis. Para as pessoas naturalmente ansiosas, o quadro pode ser ainda pior. 

"O equilíbrio dos sentimentos depende da qualidade do sono, e vice-versa. Sem dormir direito, ocorrem alterações de comportamento, já que a produção de neurotransmissores e hormônios fica desregulada", afirma a neurologista Anna Karla Smith, do Instituto do Sono, em São Paulo. 

Uma das substâncias que vão às alturas quando não dormimos bem atende pelo nome de cortisol. E esse hormônio é conhecido por patrocinar o nervosismo ou até deflagrar uma crise de ansiedade exacerbada. "Aliás, essa molécula aparece em altos níveis nos pacientes com depressão. Talvez seja uma ligação química entre essa doença e a insônia", sugere a bióloga Yara Fleury Van Der Molen, do Ambulatório de Neuro-Sono da Universidade Federal de São Paulo. 

Já entre os neurotransmissores mais afetados pelo pouco tempo sob os cobertores se destaca a serotonina, ligada ao bem-estar. Sem um número adequado de horas dormidas, sua concentração no cérebro cai drasticamente. Aí, surgem mais irritação e até sensações dolorosas. 

Não pregar os olhos abala inclusive nossas escolhas durante as refeições. Em um segundo levantamento da Universidade de Berkeley, os pesquisadores pediram a adultos que indicassem alguns alimentos de uma lista de 80 opções. Resultado: os voluntários privados de sono tendiam a preferir as guloseimas menos saudáveis. E tem mais: com o auxílio de exames de imagens, os cientistas verificaram que esses participantes apresentavam falhas no lobo frontal, parte do cérebro responsável pela tomada racional de decisões. Em outras palavras, muito provavelmente as poucas horas sonhando atrapalham o desempenho cognitivo de uma forma geral, que vai muito além da mesa de jantar. 

De acordo com a neurologista Rosa Hasan, do Departamento de Sono da Academia Brasileira de Neurologia, em quem dorme pouco é possível notar uma maior dificuldade para tomar decisões, manter o raciocínio e até mesmo para manter uma conversação. "Determinadas ações, como dirigir, também ficam bastante comprometidas. Se for necessário fazer alguma escolha rápida, a pessoa terá sérios problemas", complementa. 

O curioso é que essas panes ainda implicam uma mente cada vez mais intranquila. "O sujeito tem a concentração diminuída e uma probabilidade acentuada de cometer erros. Quando percebe o equívoco, fica inseguro, e isso aumenta a ansiedade", arremata Yara. 

Dormir para aprender 

Varar a madrugada com o intuito de estudar, diga-se, é uma espécie de autossabotagem, segundo uma pesquisa divulgada pela Universidade da Califórnia em Los Angeles (Ucla), nos Estados Unidos. O estudo, conduzido pelo psiquiatra Andrew J. Fuligni e sua equipe, analisou as horas de estudo, as de sono e os resultados acadêmicos de 535 estudantes americanos, e descobriu que os alunos que dormiam menos possuíam dificuldade extra na compreensão de conteúdo passado pelo professor, além de receber notas mais baixas em provas. 

"A fase do sono que fixa o aprendizado no cérebro é a REM, a dos sonhos e dos movimentos oculares", ressalta o neurologista Shigeo Yonekura, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. "É nela que transformamos as memórias de curto em longo prazo", completa. Acontece que chegar a esse estágio profundo - e permanecer nele - demanda um bom tempo de cabeça apoiada no travesseiro. "Por isso, privar-se de dormir facilita o esquecimento", analisa Yonekura. 

O artigo da Ucla ainda conclui que o sucesso acadêmico depende de uma estratégia de estudos que não culmine em bocejos e mais bocejos no dia seguinte. "Se for realmente necessário, sacrifique horas de outras atividades menos importantes, mas nunca deixe de dormir", sugerem os autores americanos no texto do trabalho. 

Claro que não conseguir apagar um ou outro dia é normal. A isso se dá o nome de insônia eventual, aquela que surge quando você está muito preocupado ou até animado. "Mas quem, por falta de sono, dorme duas horas a menos por mais de cinco dias na semana, durante mais de três meses, pode ser classificado como um insone crônico", adverte o pneumologista e presidente da Associação Brasileira do Sono, Francisco Hora. Se esse for seu caso, vale ir atrás de um especialista. 

Agora, há também aqueles que simplesmente se recusam a fechar as pálpebras já pesadas porque querem ver uns minutinhos de televisão, ler o final de um capítulo do livro ou decorar fórmulas para o exame final. Esse grupo, que fique claro, não está livre dos efeitos da carência de horas dormidas. Por isso é preciso se livrar dessas armadilhas. "O grande remédio para uma vida longa, com bom humor e excelente cognição é uma ótima noite de sono", aposta Hora. Você não será o único satisfeito ao recarregar as energias de forma adequada. As pessoas que vivem ao seu lado também agradecerão. 

A triste face da insônia
Ficar sem vontade de dormir pode ser sinal de depressão. Se essa situação não é contornada, a tristeza profunda dificilmente desaparece. E, mesmo quando ela some, a probabilidade de retornar é grande. Os antidepressivos lidam com a melancolia e provocam sonolência, mas precisam ser acompanhados de terapia para que questões emocionais, possíveis causas de ambos os sintomas, sejam resolvidas. 

A insônia e o Alzheimer
Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, revelaram que os problemas para dormir podem ser um dos primeiros sinais da doença de Alzheimer. Os estudos constataram uma redução no tempo de sono de ratos que começaram a desenvolver, no cérebro, placas da chamada proteína beta-amiloide, precursoras do mal. 

Para turbinar o sono e a mente
A meditação relaxa ao mesmo tempo que garante atenção nos momentos necessários. Por isso, potencializa tanto o desempenho do cérebro no dia como traz a vontade de dormir à noite. Já os exercícios, além de causarem cansaço, o que ajuda a adormecer, estimulam os neurônios. Mas, se praticados perto da hora de dormir, geram insônia.

Fonte: Revista Saude

quinta-feira, 14 de março de 2013

Estudo mostra de que forma dormir pouco engorda


Nova pesquisa observou que cinco dias de sono restrito pode engordar um quilo. Isso porque o hábito leva uma pessoa a comer mais do que necessita, especialmente nos horários em que deveria estar dormindo



Passar cinco dias dormindo pouco – menos do que cinco horas por noite — pode ser o suficiente para fazer com que uma pessoa engorde cerca de um quilo, concluiu um novo estudo da Universidade do Colorado em Boulder, nos Estados Unidos.

De acordo com a pesquisa, quem passa mais horas acordado, embora gaste mais energia, come mais do que precisa e, assim, ingere uma quantidade de calorias maior do que gasta, especialmente à noite, o que acaba promovendo o ganho de peso.

CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Impact of insufficient sleep on total daily energy expenditure, food intake, and weight gain
Onde foi divulgada: periódico PNAS
Quem fez: Rachel Markwalda, Edward Melansonb, Mark Smitha, Janine Higginsd, Leigh Perreaultb, Robert H. Eckelb e Kenneth Wright
Instituição: Universidade do Colorado em Boulder, EUA
Dados de amostragem: 16 pessoas com uma média de 24 anos

Resultado: Dormir menos do que cinco horas por noite, durante cinco dias, pode engordar, em média, um quilo. Em comparação com pessoas que dormem nove horas por noite, quem tem um sono de apenas cinco horas gasta mais energia, mas consome mais calorias, especialmente após o jantar

Essas conclusões foram publicadas nesta segunda-feira no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). Segundo escreveram os autores do estudo no artigo, diversos estudos já relacionaram o hábito de dormir pouco a uma maior propensão à obesidade, mas poucos conseguiram encontrar uma explicação para tal associação.

A pesquisa começou quando a equipe selecionou 16 pessoas saudáveis com uma idade média de 24 anos. Os participantes apresentavam um peso normal, com um índice de massa corporal (IMC) de, em média, 22,9 (o IMC ideal é de 18,5 a 25. Acima disso, o indivíduo é considerado com sobrepeso ou obesidade). Além disso, nenhum deles apresentava problemas em relação à duração do sono: eles dormiam, normalmente, cerca de oito horas por noite.

Ambiente controlado — Durante duas semanas, essas 16 pessoas viveram no Hospital da Universidade do Colorado e dormiram em um dos "quartos do sono" da unidade, onde os pesquisadores são capazes de controlar e monitorar o sono dos pacientes. Nos primeiros três dias, a duração do sono e a quantidade de calorias ingeridas pelos voluntários foram controlados – os participantes dormiam cerca de nove horas por noite e consumiam a energia necessária para manter seu peso.

Depois disso, os participantes foram divididos em dois grupos: um deles passou os cinco dias seguintes dormindo apenas cinco horas por noite, e o restante dos voluntários continuou dormindo nove horas por noite. Após esse período, os participantes trocaram de grupo. Nessa etapa da pesquisa, a equipe ofereceu a ambos os grupos refeições fartas e livre acesso a lanches durante o dia, que incluíam alimentos como frutas, iogurte, sorvete e salgadinhos.

Segundo os resultados, o grupo que passou os cinco dias dormindo menos tempo gastou, em média, 5% a mais de energia do que os voluntários que descansaram por nove horas. No entanto, eles consumiram cerca de 6% a mais de calorias. Além disso, quem teve menos horas de sono apresentou uma maior tendência a comer menos no café-da-manhã, mas a exagerar nos lanches feitos durante a noite e após o jantar, que correspondiam, no geral, à refeição mais calórica do dia.

“Nossos achados mostram que, quando as pessoas têm o sono restrito, elas se alimentam durante seus horários biológicos noturnos, quando o organismo não está preparado para receber comida”, disse Kenneth Wright, diretor do Laboratório do Sono e Cronobiologia da Universidade do Colorado e coordenador do estudo.

Questão de gênero — Os autores do estudo também descobriram que, embora tanto homens quanto mulheres tenham ganhado peso com a restrição do sono, os participantes do sexo masculino também engordaram quando tiveram acesso irrestrito aos alimentos, mesmo dormindo nove horas por noite. As voluntárias, por outro lado, mantiveram seu peso com o sono suficiente, independentemente da quantidade de comida à disposição delas.

Fonte: Revista Veja

terça-feira, 12 de março de 2013

Boas notícias sobre chocolate. Aproveite



Uma boa notícia para aqueles que desejam aproveitar as delícias da Páscoa: chocolate faz bem à saúde. Quando consumido com moderação e dentro de um plano alimentar equilibrado, o chocolate meio amargo, por ter grande concentração de cacau e maior quantidade de flavonoides, oferece benefícios à saúde.
 Confira nove benefícios do chocolate amargo:
1 – Valor nutricional.  O grão do cacau além de oferecer energia, fornece os minerais: magnésio, cálcio, ferro, cobre, zinco, potássio e as vitaminas: B1, B2, B3, C , proteínas, gorduras, cafeína e flavonoides.
2 – Alto poder antioxidante. É uma excelente fonte dos flavonoides catequinas, epicatequinas e do antioxidante teobromina. Os flavonoides têm ação antioxidante, inativando radicais livres responsáveis pelo envelhecimento precoce. Um estudo publicado em 2006  por Ding E.L e colaboradores, na revista Nutrition & Metabolism, mostrou que o chocolate amargo tem maior ação antioxidante comparado com outros alimentos, como o chocolate ao leite, vinho e chá preto.
3 – Melhora a memória e função cognitiva cerebral. É fonte de cafeína, elevando a disposição mental e melhorando a função cognitiva cerebral. Um estudo interessante publicado no ano passado, estabeleceu uma relação entre países que consomem mais chocolate com o maior número de vencedores do prêmio Nobel. Essa pesquisa foi divulgada em 2012 no periódicoThe New England Journal of Medicine. O autor do estudo,  Dr Franz Messerli encontrou uma relação significativa entre o consumo de chocolate per capita e o número de prêmios Nobel em cada dez milhões de pessoas em 23 países avaliados.  Vale ressaltar que a alimentação dos  ganhadores dos prêmios não foram avaliadas individualmente.
4 – Proteção cardiovascular. Pesquisas mostram que o chocolate amargo pode ser um aliado na proteção da saúde do coração. Um estudo de 136 publicaçõesdivulgado na revista Nutrition & Metabolism por Ding, E.L e colaboradores concluiu que os flavonoides presentes no cacau e no chocolate, oferecem proteção contra doenças cardiovasculares. Segundo os estudos, os efeitos benéficos no risco dessas doenças é por meio da diminuição da pressão sanguínea e a diminuição do LDL colesterol (ruim).  Na revista Archives Internal Medicine, em 2007, TAUBERT, D e colaboradores, publicaram uma  análise de cinco estudos, mostrando que o consumo de cacau reduziu a pressão sistólica e diastólica. Nesses estudos 173 indivíduos foram analisados.  Uma pesquisa acompanhou durante 15 anos, 470 pacientes pré-hipertensos ou no estágio inicial da doença. A amostra que consumiu chocolate escuro (amargo) teve prevalência de hipertensão reduzida, o interessante é que não houve alteração do peso corporal, nem dos padrões de glicemia e lípides séricos nos indivíduos avaliados. O chocolate amargo pode também ajudar a reduzir o risco de AVC e ataque cardíaco em indivíduos com predisposição à doenças cardiovasculares, é o que os pesquisadores, ZOMER, E. e colaboradores  da Universidade de Melbourne concluíram e publicaram em 2012 na revista British Medical Journal.
5 – Ação anti-inflamatória. Em 2005, RAMIRO, E. e colaboradores, pesquisaram na Universidade de Barcelona os efeitos do extrato de cacau, e concluíram que o alimento inibe a secreção de citocinas pró-inflamatórias, como o fator de necrose tumoral (TNF)-alfa, interleucina (IL)-1 e do RNAm da IL-6, evidenciando que os flavonoides presentes no cacau podem modular processos inflamatórios.
6 – Reduz glicemia (açúcar no sangue). Na revista Nutrition, em 2007, um estudo mostrou a redução dos níveis sanguíneos de glicose em ratos que receberam a suplementação com licor de cacau por 3 semanas. A sensibilidade ao hormônio insulina também foi aumentada após 15 dias do consumo de chocolate amargo rico em flavonoides, é o que concluíram pesquisadores que publicaram o estudo na revista Journal of Nutrition, em 2008.
7 – Combate a ansiedade.  Um estudo publicado na revista Journal of Proteome Research em 2009 pelos pesquisadores MARTIN, F. P.J e colaboradores, mostrou que o consumo de 40 gr de chocolate com alto teor de cacau (75%) durante 14 dias foi capaz de reduzir a excreção do hormônio cortisol e catecolaminas em indivíduos ansiosos.
8 – Melhora o humor. É o alimento que exerce maior impacto positivo no humor, isso porque estimula a liberação de endorfinas, responsáveis pela sensação de bem estar e prazer.
9 – Redução do IMC (índice de massa corporal). Isso você não imaginava, mas é verdade. Parece paradoxal, já que o chocolate está associado ao aumento de peso. Entretanto, no ano passado, pesquisadores da Universidade da Califórnia estudaram 1081 homens e mulheres e concluíram na revista Archives of Internal Medicine que o consumo regular (duas vezes por semana) moderado de chocolate amargo não resulta em ganho de peso, pelo contrário na amostra dos indivíduos estudados apresentaram inclusive redução do IMC.  Os autores não souberam relatar ao certo o mecanismo que resultou nessa redução do IMC.  No entanto, considerando os benefícios mostrados pelos outros estudos apresentados, vale a pena considerar a opção do chocolate amargo para de vez em quando adoçar a boca após as refeições.
Orientações práticas:
- Salpique cacau em pó nas frutas e sobremesas.
- Enriqueça vitaminas de frutas, Shakes ou Smoothies com um pouco de cacau em pó, preferencialmente orgânico.
- Opte pelo cacau ou chocolate meio amargo, pois a quantidade de substâncias benéficas é muito superior ao chocolate ao leite.
- Consuma vagarosamente, saboreando cada pedaço, o que ajudará a não exagerar a quantidade.
- Congele quadradinhos de chocolate meio amargo e consuma aos poucos, o que ajudará a não consumir a barra inteira, e prolongará  o tempo de saborear.
- Para colher o benefício, a quantidade mínima/dia deverá ser  25 gr e a máxima de 40 gr – e o chocolate deverá ser amargo ou meio amargo. Melhor ainda a versão sem açúcar, principalmente para diabéticos ou pessoas que estão num programa de redução de peso.
- Opte por versões com castanhas, avelãs ou amêndoas, que elevam ainda mais o valor nutricional do alimento.
- Derreta o chocolate amargo e derrame em frutas picadas, como banana, morango, melão, abacaxi e manga. Funciona como incentivo ao consumo de frutas, para crianças e adultos que não têm por hábito o consumo de frutas.
- Observação: o chocolate branco não tem benefícios, considerando que é a  presença do cacau que confere a qualidade ao alimento.

Fonte: Revista Veja

sexta-feira, 8 de março de 2013

Dia da Mulher com muita saúde

Conheça as principais causas de morte feminina no Brasil e como é possível evitar as doenças usando a prevenção como aliada



Mulheres determinadas, poderosas, decididas, delicadas. Mulheres fortes, que sabem o que querem, vão buscar oportunidades, caminhos e independência. Conquistaram o dia 8 de março como seu, receberam do mundo o "Dia Internacional da Mulher".

Novas rotinas, mulheres chefes de família, chefes do escritório, chefes de dupla jornada. Agora é a vez delas, responsabilidades maiores, que dão orgulho, já que lutam tanto para isso.

As provedoras da vida merecem atenção não apenas no dia 8, mas em todos os dias do ano. Por isso, vamos listar doenças e formas de evitá-las para que aproveitem mais que um único dia.

INFARTO 
Segundo o Ministério da Saúde as principais causas de morte feminina no Brasil são: infarto, AVC e as conhecidas doenças cardiovasculares. "O infarto na mulher é acometido de maneira característica, ou seja, depende do perfil de cada uma", afirma a cardiologista Patrícia Lobo, do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo. O fato de essas doenças fazerem parte da vida das mulheres hoje em dia mais do que antigamente, parte da ideia de que elas conquistaram outras funções além da de dona de casa, ou seja, há uma soma de trabalhos acumulados.

Para que essa doença, que obstrui as artérias, responsáveis por manter o coração, seja evitada, é necessária uma mudança de hábitos. A cardiologista Patrícia afirma que as mulheres sedentárias, fumantes, com uma dieta não saudável, com obesidade, pressão alta ou diabetes, devem mudar sua rotina o quanto antes. "A questão importante é a medicina preventiva que pode se antever a problemas", conclui a cardiologista.

Outro alerta feito pela cardiologista é sobre a confusão quanto aos sistemas. Muitas vezes o infarto nas mulheres acaba sendo confundido com dor nas costas, falta de ar, náuseas, queimação no estômago e tontura. Nada parecido com a masculina da fisgada no peito e formigamento no braço.

CÂNCER DE MAMA 
O Câncer de mama é bem conhecido entre as mulheres. Trata-se de uma proliferação celular anormal nas glândulas mamarias. Segundo o ginecologista Edson Ogeda do Hospital Samaritano, a grande oportunidade para que a cura do câncer seja alcançada está no diagnóstico precoce. A doença que assusta muitas mulheres, não é facilmente perceptível, por isso, é necessário um acompanhamento anual. No caso de proliferação da doença "cada situação vai determinar o tipo de plano de tratamento para o câncer", afirma o ginecologista.

Saiba mais sobre o câncer de mama - http://abr.io/Hok5

OSTEOPOROSE 
A osteoporose está relacionada com o enfraquecimento dos ossos. Segundo o ginecologista Edson Ogeda, "a cada dez pessoas acometidas pela doença, nove são mulheres". A incidência é grande neste grupo principalmente pela constituição do corpo feminino.

Especialmente em casos de mulheres com pré-disposição familiar, vida sedentária, mulheres que não consomem alimentos com cálcio, com pequena exposição ao sol, na fase da menopausa, (quando os hormônios, responsáveis pela proteção do corpo, ficam escassos) e ainda, as com algum tipo de vício, como o cigarro, por exemplo, que aumentam as chances da doença se proliferar.
Não há grande segredo segundo Ogeda, o mais importante é se prevenir com uma vida mais saudável, principalmente aquelas que fazem parte dos grupos de risco.

Saiba mais sobre a osteoporose - http://abr.io/HokK

CANDIDÍASE 
Segundo a Ginecologista do Hospital e Maternidade São Luiz, Poliani Prizmic, a candidíase é uma das queixas mais frequentes dentro dos consultórios ginecológicos. Poliani afirma também que a doença pode acometer muitas mulheres. "Pelo menos uma vez na vida 75% a 80% das mulheres terá a candidíase".

A doença é marcada por um fungo adormecido dentro do corpo humano, que espera alguma oportunidade para se proliferar. Para que o fungo, Cândida Albicans, não consiga se manifestar nas pessoas, existem alguns cuidados importantes a serem tomados: evitar tecidos que aumentem a temperatura da vagina, alimentos ácidos, ou que alterem o pH vaginal, prestar atenção nos medicamentos utilizados, entre outros.

A doença não é considerada uma DST e pode vir a se proliferar quando a imunidade da pessoa estiver baixa. O tratamento é feito por antifúngicos por mais ou menos uma semana.

Saiba mais sobre a candidíase - http://abr.io/Hoke

terça-feira, 5 de março de 2013

Sono e desempenho sexual



Além de todas as consequências negativas que a alteração na quantidade e na qualidade de sono pode causa, o desempenho sexual também pode ser afetado. A pesquisadora Monica Andersen, do Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), tem um estudo muito interessante que relaciona esses dois aspectos – sono e sexo. Um projeto realizado com animais apontou que ratos privados de sono, da fase REM (período dos sonhos) pontualmente, apresentaram uma excitação sexual maior. Porém, apesar do desejo aumentado, foram incapazes de realizar o ato sexual com as fêmeas, não conseguindo ter a função erétil adequada.
Em 2007 foi realizado um importante levantamento epidemiológico, denominado de Episono, com 1.042 voluntários, da cidade de São Paulo. Nesse estudo, 17% dos homens se queixaram de disfunção erétil. Nos jovens entre 20 e 29 anos, apenas 7% citaram essa alteração. Na faixa etária acima dos 60 anos, quando os homens também costumam apresentar distúrbios do sono, esse número aumentou para 63%. Quem passa menos tempo na fase REM do sono apresenta chance maior de apresentar esse problema. Os homens que despertam muitas vezes ao longo da noite são os que mais se queixam desse problema. Essas duas alterações ocorrem frequentemente em pessoas que sofrem de apnéia obstrutiva do sono. No caso do Episono, 32,9 dos voluntários apresentaram diagnóstico positivo para esse distúrbio do sono.
Em resumo, os homens que têm uma boa noite de sono, sem queixas, têm pequenas chances de desenvolver problemas relacionados ao desempenho sexual, porém aqueles que não possuem um bom padrão de sono, têm o risco triplicado. Mas calma que para aqueles que não dormem bem, ainda tem uma boa notícia: atividade física tem se mostrado um importante aliado contra a disfunção erétil. Resumindo, para se garantir um bom desempenho sexual é imprescindível dormir bem e praticar atividade física regularmente.
Fonte: Andersen ML, Santos-Silva R, Bittencourt LR, Tufik S. Prevalence of erectile dysfunction complaints associated with sleep disturbances in Sao Paulo, Brazil: a population-based survey. Sleep Med. 2010 Dec;11(10):1019-24.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Alimente sua memória



O que colocamos no prato exerce grande influência a curto e a longo prazo no processo de aprendizado e memorização. Estudantes que estão prestes a entrar na maratona dos vestibulares podem ter na alimentação uma poderosa aliada. Saiba como:
1- Priorize o café da manhã,  o benefício já começa cedo pela manhã, ao garantir nutrientes importantes para a capacidade cerebral.  Inclua sempre um cereal integral como aveia em flocos, quinua, amaranto, pães integrais, que oferecem as vitaminas do complexo B capaz de melhorar a função cognitiva. Os carboidratos integrais de modo geral ajudam a manter a glicemia (açúcar no sangue) controlada, e a glicose é a principal fonte de energia do cérebro
2- Inclua ovo mexido, omelete ou panqueca no desjejum. O ovo é rico em colina,  precursora da síntese de acetilcolina, um neurotransmissor associado com a função cognitiva e memória. O ovo deve estar presente principalmente no jantar da véspera da prova e no café da manhã antes de sair de casa
3-  Alimentação fracionada – de 3 em 3 horas – ajuda a manter a glicemia (açúcar no sangue) dentro da normalidade, favorecendo a circulação e “alimentação do cérebro”
4-  Opções para incluir nos lanches intermediários (manhã ou tarde)
- Frutas frescas (melão, melancia, manga, uva, goiaba, mamão)
Frutas oleaginosas (castanhas, nozes, avelã, macadâmia), são ricas em zinco, um mineral que contribui contra a aceleração do envelhecimento do cérebro
- Ovo de codorna temperado com azeite  ou partido dentro de um sanduíche. O ovo de codorna também é fonte de colina
- Sementes de abóbora ou girassol: são boas fontes de magnésio, que ajuda a controlar a ansiedade, tão característica nessa fase
5- Entre as refeições e antes de estudar tome uma xícara de chá verde. As catequinas presentes no chá  têm forte ação antioxidante e  propriedades que atuam no sistema nervoso central. O efeito benéfico na memória pode ser também atribuído à cafeína presente no chá, que ajuda a melhorar a concentração e atenção, contribuindo com o  aprendizado e registro de informações. No dia da prova leve o chá verde gelado numa garrafinha
6- Outra opção: chá mate batido com um pouco de açúcar, gelo e limão. Além do efeito da cafeína, o limão é fonte de vitamina C, que ajuda a combater a fadiga e o cansaço, além de hidratar e refrescar nos dias quentes
7- Evite refeições volumosas. O excesso de alimento reduz a capacidade de concentração porque grande parte da circulação sanguínea volta-se ao trato digestivo, reduzindo a oxigenação cerebral. Por isso, refeições leves são mais indicadas às vésperas de provas, com alimentos de fácil digestão (frutas, legumes, verduras, carnes grelhadas, cereais integrais)
8- Evitar alimentos calmantes (maça, alface, maracujá, camomila, erva cidreira, melissa) antes de concentrar-se nos estudos. Esses alimentos são mais indicados antes de dormir, já que relaxam e induzem ao sono
9- Aumente o consumo de peixes, principalmente aqueles que são fontes de ômega 3 (salmão, cavala, arenque, salmão, atum e a sardinha). A presença de ômega 3  na dieta  favorece o aprendizado e memorização
10-  Precisamos lembrar que o cérebro  tem grande quantidade de gorduras. Os ácidos graxos poli-insaturados regulam a energia na região cerebral e são componentes da estrutura das células nervosas e da bainha de mielina, que auxilia na rapidez com que as informações são transmitidas de uma célula para a outra.  Assim, as gorduras boas são importantes: azeite de oliva, abacate, frutas oleaginosas e o óleo de canola e a linhaça (óleo ou semente)
11- Temperos como alecrim e cúrcuma (açafrão da terra) também trazem benefícios. O alecrim ajuda a melhorar a disposição e estado de alerta, e o açafrão protege os neurônios. Pode-se temperar com o açafrão legumes e frango, como também colocar na finalização do arroz e na elaboração de molhos. O alecrim dá um sabor especial no ovo mexido ou no omelete
12- Aqui vai uma boa notícia:  chocolate meio amargo (50- 70% de cacau) é uma excelente opção. Sem exagero, claro. Uma unidade pequena, aproximadamente 30 gramas já é suficiente.  O cacau melhora a função cognitiva. Pode-se também colocar o cacau em pó em vitaminas, sucos e salpicar nas frutas ou cereais.

Fonte: Revista Veja