segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Redução de peso é a mesma com a prática de 30 ou de 60 minutos de exercícios físicos ao dia


Resultados são baseados em pesquisa feita com homens obesos que realizaram atividades moderadas ou intensas três vezes por semana



Para homens obesos, praticar 30 minutos de alguma atividade física ao dia pode ser tão eficaz para perder peso quanto exercitar-se durante 60 minutos, concluiu um estudo da Universidade de Copenhague, na Dinamarca. A pesquisa foi publicada na edição deste mês do periódico American Journal of Physiology.

CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Body fat loss and compensatory mechanisms in response to different doses of aerobic exercise - a randomized controlled trial in overweight sedentary males
Onde foi divulgada: periódico American Journal of Physiology 
Quem fez: Mads Rosenkilde, Pernille Landrock Auerbach, Michala Holm Reichkendler, Thorkil Ploug, Bente Merete Stallknecht e Anders Sjödin
Instituição: Universidade de Copenhague, Dinamarca 
Dados de amostragem: 60 homens obesos
Resultado: Praticar 30 ou 60 minutos de atividade física moderada ou intensa ao dia, três vezes por semana e durante três meses tem efeitos semelhantes sobre a redução de peso

A equipe acompanhou, durante três meses, 60 homens com obesidade moderada que não apresentavam nenhuma doença grave. Metade dos participantes foi designada a praticar 30 minutos de alguma atividade física ao dia três vezes por semana e o restante, 60 minutos. Os exercícios tinham intensidade moderada ou intensa, suficientes para produzir suor. Os homens utilizaram aparelhos que monitoraram a frequência cardíaca e o gasto calórico de cada um.

Ao final do estudo, a média da redução de massa corporal foi quase a mesma entre os dois grupos, ficando próxima a quatro quilos. No entanto, o grupo que treinou por 30 minutos ao dia queimou mais calorias do que estava previsto no programa de emagrecimento deles. Segundo os autores, isso indica que o tempo a mais que os outros participantes se exercitaram não promoveu perda de peso adicional.

Para Mads Rosenkilde, coordenador do trabalho, uma possível explicação para esses achados consiste no fato de que é mais provável que, quando uma pessoa se exercita por 30 minutos, ela o faça com mais vontade e tenha energia suficiente para desejar realizar outras atividades extras durante o dia (voltar para a casa a pé, por exemplo). Além disso, o grupo que se exercitou por 60 minutos ingeriu mais calorias, o que pode contribuir para que a redução de peso não tenha sido tão grande.

Fonte: Revista Veja

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Você conhece seu ponto de equilíbrio financeiro?


Quando decidimos montar o nosso proprio negócio, existem inumeras perguntas que precisamos saber responder antes mesmo de colocar em pratica, justamente para saber se o negócio é viavel ou não.


Saber calcular o seu PONTO DE EQUILIBRIO ou BREAK EVEN é uma das mais importantes. Trata-se de um indicativo que informa ao gestor qual será o volume de vendas necessário, num periodo, para que possa cobrir todos os seus custos fixos e variáveis. Ou seja, é aquela faixa de vendas onde a empresa não terá lucro nem prejuízo.

Se todos os empreendedores imaginassem a importância desse indicativo para a saúde da empresa, jamais ousariam em desconhecê-lo. Muitas empresas, principalmente as micro e pequenas,  não conseguem completar 1 ano de vida na maioria das vezes por total descontrole administrativo.

Trazendo para a nossa realidade, pensamos da seguinte forma: QUANTOS PACIENTES SÃO NECESSÁRIOS POR MÊS PARA COBRIR TODOS OS MEUS CUSTOS?

Quando paramos para fazer esse cáculo temos que saber quais são nossos custos fixos e quanto cada serviço que oferecemos contribui para o nosso rendimento (é o que chamamos de margem de contribuição já comentando num post anterior). Ou seja:

PE= MC - (Custos Fixos+Despesas)=0

Sendo : PE= Ponto de Equilíbrio
             MC=Margem de contribuição



E então? Qual seu Ponto de Equilíbrio FInanceiro? O número de pacientes que você está atendendo agora é suficiente?

Isso irá influenciar no seu plaenjamento estratégico, no seu plano de marketing, enfim em toda a saúde da sua empresa.

Pensem nisso!

Esse será mais um tema abordado no curso de Gestão em Fisioterapia! Já pensou como será interessante aprender sobre como gerenciar o seu negócio? Mais informações sobre o curso no site www.maisfisio.com.br

Fonte: Blog Gestão em Fisioterapia

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Seis fatores que ajudam a formar um atleta quase perfeito


Cientistas canadenses enumeraram o que é preciso existir por trás de um atleta para que ele se diferencie do restante da população


Não há atletas com capacidades sobre-humanas — o que existe são pessoas com determinação suficiente para seguirem um estilo de vida rigoroso que as ajudem a se aproximar da perfeição. Além disso, por trás de um atleta olímpico, por exemplo, há sempre uma série de planejamentos, um time de especialistas e uma ciência que avança cada vez mais a favor do esporte. Essa é a tese defendida por pesquisadores da Universidade McMaster, no Canadá. Em um artigo divulgado pela própria instituição, eles enumeraram os seis principais fatores que, se não levam um atleta a resultados perfeitos, o aproxima disso, tornando ele tão diferente do restante dos indivíduos.

Conheça seis fatores que ajudam a formar atleta excepcional:

Mente saudável


“A estabilidade psicológica tem um papel importantíssimo em qualquer esporte, sendo que alguns deles requerem uma carga muito alta de concentração, foco e agilidade de raciocínio. Ser apto a permanecer em um campeonato sem perder o foco é crucial. Atletas devem sempre conversar com um psicólogo para terem essas ferramentas em mãos.” – Steven Bray, professor associado do Departamento de Cinesiologia da Universidade McMaster.


Alimentação e hidratação adequadas



“As margens de vitórias em alguns eventos da Olimpíada podem cair em uma fração de segundos. Atletas que desejam alcançar o pico de suas performances precisam garantir um bom desempenho em vários outros aspectos, e isso inclui uma dieta alimentar adequada e uma hidratação impecável. A ciência que estuda de que maneira a alimentação impulsiona o desempenho físico está muito avançada atualmente.” – Stuart Phillips, ortopedista e professor do Departamento de Cinesiologia da Universidade McMaster




Controle das lesões


“A maioria dos atletas olímpicos é jovem, está em boa forma física e geralmente recebe treinamentos que devem prevenir e tratar lesões, e eles incluem desde atividades que aumentem a sua força até uma nutrição adequada. Atletas, além desses treinamentos, possuem tempo suficiente para se dedicarem a tratar lesões e evitar o surgimento de novas.” – Chris Puskas, educadora física da Universidade McMaster




Coração fortalecido


“O coração de um atleta não é algo fora do comum, mas existe um aspecto que estimula e educa o coração humano. Ele é somente um músculo como outro qualquer e, portanto, com níveis adequados de atividades ele pode adquirir um tamanho maior e pode ser tornar mais eficiente. Tudo isso é uma questão de expor o coração ao stress com exercícios intensos como a corrida, por exemplo.” – Jeff Healey, cardiologista e professor associado da Universidade McMaster





Ganho de força planejado


“Tudo é feito por meio da ciência. Os médicos analisam o perfil físico de um atleta e mapeiam os parâmetros das principais características que eles precisam trabalhar. A maioria dos planos de desenvolvimento de força é feitos em um ciclo de, ao menos, cinco anos antes de uma Olimpíada.” – Steve Lidstone, coordenador de força e condicionamento da Universidade McMaster




Ciência a favor do esporte



“A medicina esportiva tem feito alguns avanços enormes nos últimos anos, e equipes olímpicas costumam contar com médicos de elite em diversas áreas, que ajudam os atletas a voltarem a treinar e a competir rapidamente mesmo após passarem por lesões graves.” – Janice Harvey, especialista em medicina do esporte pela Universidade McMaster


Fonte: Revista Veja


quarta-feira, 8 de agosto de 2012

5 mitos sobre o estresse

Apesar de ele estar na boca - e na mente - do povo, controlá-lo não é uma tarefa tranquila. SAÚDE vai além do senso comum e, baseada na ciência, aponta as medidas que acalmam pra valer.


Morar no último andar de um prédio garante uma bela vista. Por outro lado, implica longas viagens de elevador ou de escada. Em outras palavras, dependendo de como se encara a situação, a cobertura vira um sonho ou um aborrecimento. "Com o estresse, ocorre algo semelhante: o fato em si importa menos do que a maneira como é assimilado", avalia a psicóloga Valquíria Trícoli, vice-presidente da Associação Brasileira de Stress. A confusão, entretanto, começa na hora de decidir o que fazer para lidar com o nervosismo. Certas práticas que aparentemente esfriam a cabeça podem, na verdade, acabar esquentando os ânimos. "Estamos mais preparados para gerenciar o estresse. Só que, por falta de informação, as pessoas cometem erros que as prejudicam ainda mais", reforça o psicólogo Esdras Vasconcellos, da Universidade de São Paulo. Chega o momento de introduzir as atitudes que causam uma tempestade na massa cinzenta e as correções que asseguram a bonança cerebral. Vamos aos mitos.

1 - NÃO SE PROGRAME
A língua portuguesa é ambígua em alguns casos. No dicionário Houaiss, por exemplo, a palavra relaxado caracteriza tanto os indivíduos descontraídos como aqueles negligentes. E até por causa desse encontro de significados muita gente crê piamente que a displicência é sinônimo de calmaria. Todavia, isso não poderia estar mais longe da realidade. "Priorizar certos assuntos, organizar-se e manter uma agenda dos eventos são passos importantes para manter a serenidade", revela Ana Maria Rossi, psicóloga da Clínica de Stress e Biofeedback, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Afinal, aí estão enumerados jeitos simples de se preparar para enfrentar o que vem ao longo do dia e, então, evitar surpresas desagradáveis ou instantes embaraçosos, dois fatores capazes de alavancar os níveis de adrenalina no organismo. Mas que fique claro: a disciplina precisa ser acompanhada de flexibilidade. "Ficar engessado também atrapalha, porque qualquer imprevisto pode desencadear nervosismo", esclarece Ana Maria.

2 - MEDITE!
A tal arte milenar oriental, assim como a ioga ou até o tai chi chuan, é preconizada como um dos alívios mais eficazes para a tensão excessiva. Ela realmente tem seu valor, porém somente para quem a aprecia. Forçar alguém reconhecidamente elétrico a ficar imóvel enquanto se concentra em seu próprio corpo, além de não adiantar nada, contribui para o surgimento de uma sensação precursora do estresse: a ansiedade. "Determinados pacientes relaxam mais com exercícios físicos, outros com a leitura, e há quem aposte nas músicas", elenca a psicóloga Selma Bordin, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. A regra, portanto, é investir no que você gosta. Mas para toda norma há uma exceção. "Um jogo de cartas, se ficar muito competitivo, torna-se igualmente estressante", exemplifica Esdras Vasconcellos. "É importante valorizar a diversão nesses momentos em vez de se concentrar somente na vitória ou na derrota", acrescenta.

3 - FALE ATÉ FICAR ROUCO!
Discutir a perda de um emprego ou a de um ente querido auxilia a superar o trauma. Entre outras coisas, o próprio ato de falar exige uma organização prévia do pensamento — premissa essencial para passar por cima das pedras que atravessam o seu caminho. Acontece que, em contrapartida, a insistência no assunto quase sempre culmina em nervos exaltados. "A mente não trabalha com tempos diferentes. Um evento passado, se relembrado, vem para o presente", explica a psicóloga Ana Maria Rossi. Isso quer dizer que remoer tópicos desagradáveis de tempos atrás com os amigos costuma terminar em irritação. O pior é que isso não ocorre só porque a questão continua a rondar as conversas do sujeito. Na verdade, as próprias palavras dos companheiros às vezes causam desconforto por se oporem ao raciocínio do estressado do momento. Por isso, os especialistas aconselham buscar parceiros de papo que sejam bons ouvintes e que busquem apenas aprofundar o debate. "Ajuda mais quem não emite opiniões. Caso contrário, aquele processo de estruturação das ideias é inibido", relata Selma Bordin.

4 - NUNCA DURMA NERVOSO
Em um mundo ideal, as preocupações ficariam restritas ao período em que o sol dá as caras. Mas, na realidade, cada vez mais elementos interferem no equilíbrio do dia — e muitos deles não têm medo do escuro da noite. Por isso, sejamos sinceros: aquela velha máxima de não levar problemas para a cama é difícil de ser aplicada ao pé da letra. E, mais do que isso, se trocamos horas de sono para resolver pendências, o risco de o estresse despertar junto com você aumenta. "Há estudos que relacionam um sono inadequado à secreção de hormônios como o cortisol, ligado ao estresse", aponta Rafael Freire, psiquiatra da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Uma estratégia que traz bons resultados é, em vez de resolver o que o atormenta na calada da madrugada, traçar um planejamento do que realizar ao amanhecer para solucionar a situação. Essa luz no fim do túnel serve como calmante e, de quebra, agiliza a resolução de fatores enervantes.

5 - SEMPRE RECORRA AOS FAMILIARES
As pessoas da sua família, até pela intimidade, servem como válvula de escape em muitas ocasiões. E a ciência realmente comprova que uma boa estrutura em casa reduz a inquietação excessiva. Agora, há momentos e momentos para apelar à mãe, ao pai... Na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, pesquisadores observaram que, durante uma atividade aflitiva, voluntários colocados ao lado do seu animal de estimação apresentavam a frequência cardíaca e a pressão sanguínea mais controladas do que os participantes que ficavam junto do marido ou da mulher. Isto é, se um irmão ou mesmo um primo podem até servir como um bom ouvido, aquele companheiro peludo e de quatro patas funciona melhor para atenuar os efeitos do estresse. "O bicho é afetivo, não cobra nada e ainda tira o foco do tormento", declara a psicóloga Valquíria Trícoli. Sem contar que a proximidade entre indivíduos com o mesmo sobrenome gera, em certos temas, exigências que só intensificam o desassossego.

RESPIRE FUNDO!
Pôr oxigênio para dentro e gás carbônico para fora não é tão fácil quanto parece. Ao longo da vida — e inclusive por causa de traumas ou acontecimentos emocionalmente marcantes —, a respiração vai ficando apressada. Isso, por sua vez, não contribui em nada quando os circuitos cerebrais já estão funcionando sob alta tensão. É por essas e por outras que os especialistas são unânimes: usar e abusar do diafragma, o músculo responsável por encher e esvaziar os pulmões, ajuda demais a manter a paciência. "Na hora de lidar com um desafio estressor, respirar profundamente oxigena as células cerebrais e serve como elemento tranquilizador", afirma a psicóloga Marilda Lipp, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, no interior paulista.

Fonte: Revista Saúde

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Tai Chi Chuan: golpes suaves contra a dor

Descubra como o Tai Chi Chuan, arte marcial de origem chinesa, atua como tratamento complementar para fibromialgia e problemas nas articulações


Se nas praças de grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro já se veem facilmente nos fins de semana grupos de pessoas fazendo exercícios sincronizados, imagine na China! A prática do tai chi chuan, um tipo de ginástica proveniente daquele país que mistura movimentos de luta e meditação - e mais parece uma dança -, é intensamente incentivada pelo governo local há pelo menos 55 anos.

Considerada uma arte marcial, ganhou um ritmo mais suave comparada às lutas milenares que lhe deram origem. Explica-se: os antigos mestres chineses já reconheciam os benefícios de suas práticas e, para torná-los mais acessíveis, criaram o tai chi chuan - tai quer dizer supremo, absoluto; chi, cumeeira; e chuan, soco. Trata-se de um embate em que não há vencido nem vencedor, mas que proporciona equilíbrio físico e mental.

Em tempo: a medicina ocidental tem levado o exercício das praças aos hospitais. Afinal, o tai chi se mostra eficaz na luta contra dores no corpo, principalmente as provocadas por doenças musculares e nas articulações. É o que atesta um estudo financiado pelo Centro Nacional da Medicina Alternativa e Complementar, nos Estados Unidos. O trabalho contou com a participação de 66 vítimas de fibromialgia, entre as quais havia praticantes de tai chi.

No final das contas, as adeptas da arte marcial apresentaram uma melhora em seu estado de saúde superior a quem se dedicou apenas a exercícios de alongamento. "Essa resposta positiva talvez se deva à natureza do próprio tai chi, que combina relaxamento, alongamento e ênfase cognitivo-comportamental", observa o reumatologista Roberto Ezequiel Reymann, do Grupo de Apoio a Pacientes com Fibromialgia da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp.

Embora o tai chi seja coadjuvante em vários tratamentos, as pesquisas realizadas nos últimos dez anos apontam que a prática oriental se sobrepõe a muitos outros tipos de exercícios no fortalecimento de ossos, músculos e tendões, no equilíbrio do metabolismo e no bom funcionamento da capacidade pulmonar e da circulação sanguínea, entre outros aspectos.

Talvez por sua relação direta com a musculatura e as articulações o método tenha se destacado no controle de doenças como a fibromialgia, conhecida por deixar o corpo todo dolorido - além de cansaço físico, dificuldade de concentração e até depressão. "Para pacientes com quadros mais leves, o tai chi ajuda na redução das sensações dolorosas e na melhora da mobilidade e do humor", afirma o educador físico Márcio de Moura Pereira, do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Atividade Física para Idosos da Universidade de Brasília. "E é na relação com o médico que se decide se o tai chi pode ser útil no tratamento ou contraindicado em algum momento."

No Serviço de Geriatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, o tai chi também vem sendo empregado em indivíduos com artrose, artrite reumatoide e dores na lombar. "Ele atua diretamente nas articulações, sem causar lesão. É indicado para qualquer faixa etária devido à metodologia de ensino suave, que permite ao praticante superar seus limites aos poucos, fortalecendo todo o corpo", explica Ângela Soci, diretora da Sociedade Brasileira de Tai Chi Chuan. Existem basicamente cinco modalidades da arte marcial, mas a yang, segunda mais antiga da história, foi a primeira a ter caráter terapêutico, e por isso é amplamente praticada no mundo.

Por ser uma atividade realizada em grupo, o tai chi incentiva quem está por algum tempo adoentado a sair de casa. "O paciente com fibromialgia pode chegar à depressão, o que o isola dos familiares e amigos. Uma prática coletiva pode ajudar no resgate da vida social", diz o reumatologista Roberto Ezequiel Reymann. Sem contar que o encontro entre adeptos de uma mesma técnica permite compartilhar experiências físicas e emocionais. "O tai chi auxilia o praticante a dividir sua dor", afirma o professor Márcio de Moura.

Segundo os especialistas, é bem provável que, devido ao despreparo físico, os iniciantes com doenças nas articulações ou afins sintam ainda mais dor do que normalmente já sentiam ao debutarem na arte milenar. Mas vale a pena persistir. "Quem tem artrose na cervical, que costuma irradiar sensações dolorosas para a mandíbula, os ombros e a lombar, por exemplo, consegue reduzir o incômodo apenas para o local de origem da dor", diz o professor Márcio de Moura. Mesmo no epicentro do martírio o desconforto acaba sendo minorado. E, ao longo dos meses, há chances de também diminuir o uso de remédios. Assim, o aluno de tai chi se torna um herói de si mesmo, golpeando a causa de seu suplício físico e as dificuldades a cada movimento suavemente coreografado. 

Fonte: Revista Vida Simples


quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Excesso de gordura abdominal pode provocar disfunções sexuais e urinárias em homens


Pesquisa mostrou que circunferência da cintura pode prever risco de complicações como incontinência urinária e ejaculação precoce


O ganho de peso, especialmente em função da gordura que fica acumulada no abdome, pode não só desencadear doenças cardíacas e problemas metabólicos, mas também aumentar as chances de um homem sofrer disfunções sexuais e urinárias. Estudo realizado pelo Hospital Presbiteriano de Nova York, nos Estados Unidos sugere, pela primeira vez, que emagrecer pode ajudar a evitar complicações como micção frequente e disfunção erétil. De acordo com os resultados, publicados na edição do mês de agosto do periódico British Journal of Urology International (BJUI), reduzir a medida da circunferência abdominal em seis centímetros já melhora de maneira significativa a incidência desses problemas entre o sexo masculino.


A pesquisa se baseou em dados de 409 homens de 40 a 91 anos de idade que haviam apresentado algum sintoma no trato urinário inferior (STUI) — por exemplo, dificuldade em urinar e incontinência urinária, que são problemas comuns entre homens mais velhos. De acordo com os autores, uma maior circunferência abdominal foi associada a um maior número de vezes em que um individuo urina no dia: 39% dos homens com as maiores medidas do abdome urinavam oito vezes em um período de 24 horas e 44% precisavam ir ao banheiro ao menos duas vezes durante a noite. Esses índices foram de 16% e 15%, respectivamente, entre aqueles com as menores circunferências abdominais.

Problemas no sexo — Em relação a complicações de ordem sexual, 75% dos homens do grupo com as maiores medidas do abdome apresentavam disfunção erétil e 65% sofriam problemas de ejaculação precoce. Já entre os participantes com as menores cinturas, essas porcentagens foram de 32% e 21%, respectivamente.

"Os resultados demonstram que a obesidade entre homens afeta o bem-estar deles de maneira profunda", diz Steven Kaplan, coordenador do estudo. De acordo com o pesquisador, não é possível afirmar que a obesidade provoca diretamente problemas de ordem sexual e urinária, mas sim que as alterações hormonais e de fluxo sanguíneo provocadas pelo excesso de peso contribuem para essas complicações. "Essas evidências contribuem para a recomendação de que os homens devem manter um peso saudável para garantir uma boa saúde em geral."


Fonte: Revista Veja