terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Pesquisa revela poder da energia liberada pelas mãos

Energia liberada pelas mãos consegue curar malefícios, afirma pesquisa da USP



Um estudo desenvolvido recentemente pela USP (Universidade de São Paulo), em conjunto com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), comprova que a energia liberada pelas mãos tem o poder de curar qualquer tipo de mal estar. O trabalho foi elaborado devido às técnicas manuais já conhecidas na sociedade, caso do Johrei, utilizada pela igreja Messiânica do Brasil e ao mesmo tempo semelhante à de religiões como o espiritismo, que pratica o chamado “passe”.

Todo o processo de desenvolvimento dessa pesquisa nasceu em 2000, como tema de mestrado do pesquisador Ricardo Monezi, na Faculdade de Medicina da USP. Ele teve a iniciativa de investigar quais seriam os possíveis efeitos da prática de imposição das mãos. “Este interesse veio de uma vivência própria, onde o Reiki (técnica) já havia me ajudado, na adolescência, a sair de uma crise de depressão”, afirmou Monezi, que hoje é pesquisador da Unifesp.

Segundo o cientista, durante seu mestrado foram investigado os efeitos da imposição em camundongos, nos quais foi possível observar um notável ganho de potencial das células de defesa contra células que ficam os tumores. “Agora, no meu doutorado que está sendo finalizado na Unifesp, estudamos não apenas os efeitos fisiológicos, mas também os psicológicos”, completou.

A constatação no estudo de que a imposição de mãos libera energia capaz de produzir bem-estar foi possível porque a ciência atual ainda não possui uma precisão exata sobre esse efeitos. “A ciência chama estas energias de ‘energias sutis’, e também considera que o espaço onde elas estão inseridas esteja próximo às frequências eletromagnéticas de baixo nível”, explicou.

As sensações proporcionadas por essas práticas analisadas por Monezi foram a redução da percepção de tensão, do stress e de sintomas relacionados a ansiedade e depressão. “O interessante é que este tipo de imposição oferece a sensação de relaxamento e plenitude. E além de garantir mais energia e disposição.”

Neste estudo do mestrado foram utilizados 60 ratos. Já no doutorado foram avaliados 44 idosos com queixas de stress.

O processo de desenvolvimento para realizar este doutorado foi finalizado no primeiro semestre deste ano. Mas a Unifesp está prestes a iniciar novas investigações a respeito dos efeitos do Reiki e práticas semelhantes a partir de abril do ano que vem.

Fonte Rac.com.br

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Tai chi chuan ameniza sintomas da Doença de Parkinson

Pesquisa observou que prática promove significativas melhoras em funções prejudicadas pela doença, como o equilíbrio a flexibilidade


Estudo publicado nesta quinta-feira no periódico The New England Journal of Medicineobservou que a prática de Tai chi chuan provoca melhoras significativas nos sintomas de pacientes com a Doença de Parkinson. A pesquisa, desenvolvida no Instituto de Pesquisa de Oregon, nos Estados Unidos, concluiu que a atividade pode beneficiar a estabilidade postural e a capacidade de andar dos indivíduos com a doença.

O estudo foi feito junto a um projeto de quatro anos que proporcionava a pacientes com problemas neurológicos ou com histórico de derrame três tipos de atividades físicas: Tai chi chuan, treinamento de resistência ou alongamento. Os pesquisadores selecionaram 195 pacientes com Doença de Parkinson e observaram as mudanças ocorridas na saúde deles após 24 semanas de prática de algum dos exercícios, em aulas com duração de 60 minutos, duas vezes por semana.


Resultados- Ao final desse período, os participantes do grupo de Tai chi chuan apresentaram melhor capacidade de se inclinar em qualquer direção sem perder o equilíbrio, melhor controle direcional do corpo e melhor capacidade de andar (ou seja, com passos maiores e com mais firmeza) do que o grupo que praticou alongamentos. Os adeptos do Tai chi chuan, em comparação com aqueles que praticaram treinamento de resistência, demonstraram melhor equilíbrio e passos mais longos ao caminharem. Esses dois exercícios revelaram semelhante — e significativa — redução de incidência de quedas, o que foi observado em menor escala entre os indivíduos do grupo de alongamento.

"Esse estudo é clinicamente significativo pois sugere que o Tai chi chuan, um exercício de impacto de baixo a moderado, pode ser utilizado como um complemento das terapias físicas aplicadas em pacientes com Parkinson. A atividade mostrou que pode reduzir problemas de postura e de instabilidade ao andar, além de melhorar sintomas da doença, que afetam a mobilidade, a flexibilidade, o equilíbrio e a amplitude do movimento", afirma o coordenador do estudo, Fuzhong Li.

Segundo Li, os benefícios da atividade vão além da melhora dos sintomas do Parkinson. O Tai chi chuan tem baixo custo, já que não necessita de equipamentos, envolve movimentos fáceis de aprender e pode ser feito em qualquer lugar e a qualquer momento. O pesquisador acredita que o exercício pode também ser indicado para pessoas que precisam de reabilitação por algum outro motivo.

Fonte: Revista Veja

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Correr ou caminhar?


Saiba qual escolher quando você está começando na na corrida e veja ainda dicas para uma boa prática esportiva


Boa parte dos que querem iniciar na corrida começam caminhando e, com o passar do tempo - e dos treinos -, passam a acelerar. Um estudo recente, publicado pelo jornal britânico Daily Mail, porém, mostrou que praticar corrida em baixa intensidade é menos cansativo e melhor para os músculos do que apenas andar rápido. O principal motivo é que existe um músculo na região da panturrilha que funciona melhor quando se corre a dois metros por segundo, contribuindo diretamente para a produção de energia.



Durante o estudo, os pesquisadores americanos analisaram pessoas em esteiras enquanto andavam e corriam. Eles concluíram que esse músculo funciona como um câmbio de carro, ajudando o corpo a mudar de "marcha". O músculo segura o tendão de Aquiles, fazendo com que o corpo gaste energia para esticá-lo e o tendão, por sua vez, libera energia para ajudar no movimento do pé. Portanto, uma corrida mais leve pode ser mais benéfica e fácil do que caminhar, mesmo que rápido.

Mas o ideal mesmo é começar a correr gradativamente e, para isso, a caminhada pode sim servir como uma boa “base”, que dará mais resistência ao corpo. “Durante a caminhada, há um estímulo cardiopulmonar que faz com que a frequência cardíaca se adeqúe ao esforço do exercício”, explica a fisioterapeuta Luciana Costa, coordenadora do curso de Osteopatia da Faculdade Inspirar.

Além disso, com a caminhada há também uma adaptação para um aumento progressivo da sobrecarga, que irá preparar o corpo para quando ocorrer um maior impacto articular, como na corrida. “Por isso, a caminhada é o primeiro passo para começar a correr”, completa a especialista.

Próximo passo
Para ter uma “vida longa” na corrida é preciso respeitar cada etapa. Para evoluir na atividade, é importante ter a ajuda de um profissional de educação física para ter as devidas orientações e, consequentemente, bons resultados. Manter uma boa regularidade nos treinos, uma alimentação balanceada e hábitos saudáveis são outros pontos muito relevantes, considerando sempre os limites do corpo.

Entre seus benefícios da corrida estão a diminuição do mau colesterol (LDL) e a produção do bom (HDL), o fortalecimento da massa óssea, protegendo contra a osteoporose, controle do estresse, diminuição da ansiedade e a melhora da capacidade respiratória e desempenho nas no dia a dia. Os riscos só são maiores se houver o uso de tênis inadequados, excesso de esforço, falta de descanso entre os treinos, má alimentação e falta de orientação.

“Correr sem cuidados causa lesões em tecidos moles, como tendinites e canelites, e lesões das articulações, por causa da sobrecarga. Outro exemplo são as fascites plantares, causadas por treinamento excessivo, pisos inadequados e calçados duros”, explica Luciana, que recomenda. “Procurar um profissional que oriente seu treino, calçados e roupas adequadas é essencial. E o mais importante, nunca passe de seus limites, pois seu corpo irá ser prejudicado”.

Por Fernanda Silva: Site Revista O2

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Ingestão de ômega-3 ajuda a evitar riscos de arritmia cardíaca


Encontrado em peixes, o ácido graxo pode reduzir em 30% os riscos de arritmia


Adultos com mais de 65 anos e com níveis elevados de ácidos graxos ômega-3 no sangue têm 30% menos chances de desenvolver arritmia cardíaca. De acordo com um estudo publicado no periódico médico Circulation, de cada 100 pessoas, 25 desenvolvem a condição – com o uso do óleo, esse número poderia cair para 17 casos em 100.

Nos Estados Unidos, país onde foi conduzido o estudo, 9% da população chega a desenvolver fibrilação atrial após os 80 anos. O ritmo cardíaco anormal, descompassado, pode causar insuficiência cardíaca ou mesmo levar ao derrame. Hoje, existem poucos tratamentos para esse quadro, e eles se concentram na prevenção de derrames com o uso de drogas que afinam o sangue e, assim, evitam a formação de coágulos. “Um risco 30% menor de desenvolver uma arritmia cardíaca crônica é um número considerável”, diz Dariush Mozaffarian, autor do estudo e professor na Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard. O ácido graxo ômega-3 é comumente encontrado em peixes, mas sua concentração pode variar em até 10 vezes de um tipo de peixe para outro.

Pesquisa – Para conseguir uma medida precisa da quantidade de óleo de peixe consumido pelos voluntários, os pesquisadores recolheram amostras de sangue de mais de 3.300 adultos com mais de 65 anos. Nos 14 anos seguintes, todos os participantes foram rastreados. Descobriu-se, então, que 789 haviam desenvolvido arritmia cardíaca.

Entre aqueles elencados como os 25% com níveis mais elevados de ômega-3 no sangue, havia uma redução de 30% nos riscos de desenvolver a condição. “Essa redução é significativa”, diz Alvaro Alonso, professor na Universidade de Minnesota e membro da equipe de pesquisadores. Segundo o pesquisador, uma redução de 30% nos riscos poderia significar que, em vez de 25, somente 17 a desenvolveriam a doença.

De acordo com Alonso, mais estudos são necessários para que se compreenda como o óleo de peixe, ingerido até como um suplemento alimentar, pode ser usado de maneira preventiva contra a arritmia cardíaca.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Para profissionais: Migrânea e Neurofisiologia


As técnicas neurofisiológicas permitem-nos estudar a atividade do sistema nervoso. Na prática clínica diária, elas são muito úteis no diagnóstico de doenças neurológicas como epilepsia e neuropatias.

 Introdução 
• As técnicas neurofisiológicas permitem-nos estudar a atividade do sistema nervoso. Na prática clínica diária, elas são muito úteis no diagnóstico de doenças neurológicas como epilepsia e neuropatias.
• Migrânea é uma cefaleia primária, ou seja, não há uma lesão estrutural macroscópica subjacente como causa da cefaleia, mas há vários níveis de disfunção do sistema nervoso central (SNC). Como outras cefaleias primárias, a migrânea é caracterizada por períodos ictal (duranta a cefaleia), peri-ictal (antes da cefaleia) e interictal (entre as cefaleias). Migrânea é o termo genérico usado para descrever uma cefaleia com sintomas específicos, mas na verdade ela é uma condição complexa e heterogênea.
• No caso da migrânea, a contribuição da neurofisiologia para o seu diagnóstico é limitado, com poucas exceções. Contudo, as técnicas podem ser usadas para determinar a disfunção do SNC, ou seja, ajudar no entendimento da fisiopatologia da doença. A neurofisiologia pode também ser usada no entendimento
do efeito dos tratamentos da migrânea. Contudo, a neurofisiologia é principalmente dedicada às pesquisas clínicas em migrânea.

Principais Ferramentas Neurofisiológicas 
As ferramentas neurofisiológicas usadas nas pesquisas em migrânea são não-invasivas, e a maioria delassão equipamentos portáteis e acessíveis a baixo custo. A principais técnicas são a eletroencefalografia (EEG e, mais recentemente, a magnetoencefalografia ou MEG, um registro da atividade cerebral espontânea), os potenciais evocados (PEs, ou seja, registros da atividade cerebral em resposta a um estímulo visual, auditivo ou doloroso) e o reflexo de piscamento nociceptivo-específico (RPne, uma avaliação da nocicepção trigeminal). Outra importante ferramenta é a estimulação magnética transcraniana (EMT), a qual pode modificar a excitabilidade cerebral.  

Breve Sumário dos Achados Neurofisiológicos na Migrânea 
Em média, a maioria dos registros interictais apresentam dois achados principais:

1) Uma redução no nível de pré-ativação cerebral, a qual pode normalizar-se com a EMT repetitiva e pode ser resultado da redução na atividade das conexões  entre o tálamo, estruturas subcorticais e o córtex ipsilateral.

2) Uma redução na habituação a vários estímulos repetitivos. A habituação é um mecanismo neurofisiológico e uma forma de aprendizado no qual há uma redução na resposta a um estímulo ao longo do tempo após exposição repetida a este estímulo. Esse fenômeno parece estar deficiente nos migranosos.

• Essas anormalidades dos cérebros dos migranosos foram encontradas tanto em nível cortical como subcortical e normalizaram durante a cefaleia e o período peri-ictal.

• Resultados opostos foram encontrados por alguns autores (aumento da excitabilidade, presença de habituação) ou em subtipos particulares de migrânea (aumento na habituação em migrânea hemiplégica familiar). Esses resultados demonstram  a heterogeneidade e a complexidade desta condição.

• É importante mencionar que esses resultados são conclusões estatísticas de análise em grupo e não podem ser aplicados para os pacientes individualmente.  Mensagem para se levar para casa

• Os registros neurofisiológicos não devem ser utilizados para o diagnóstico de migrânea porque seus resultados advêm de análise em grupo.

• Entre as crises, o cérebro do migranoso é caracterizado por redução do nível de pré-ativação e um comprometimento da habituação a estímulos repetitivos. Esses fenômenos podem ter um papel importante na gênese da migrânea.

Referências 
[1]  Bohotin V, Fumal A, Vandenheede M, Gérard P, Bohotin C, Maertens de Noordhout A, Schoenen J. Effects of repetitive
transcranial magnetic stimulation on visual evoked potentials in migraine. Brain 2002;125:912–22.
[2]  Coppola G, Ambrosini A, Di Clemente L, Magis D, Fumal A, Gérard P, Pierelli F, Schoenen J. Interictal abnormalities of
gamma band activity in visual evoked responses in migraine: an indication of thalamocortical dysrhythmia? Cephalalgia
2007;27:1360–7.
[3]  Magis D, Ambrosini A, Bendtsen L, Ertas M, Kaube H, Schoenen J; EUROHEAD Project. Evaluation and proposal for
optimalization of neurophysiological tests in migraine: part 1: electrophysiological tests. Cephalalgia 2007;27:1323–38.
Tradução:  Dr. José Geraldo Speciali / Dra. Fabíola Dach / Dr. Roberto Setlin / Dra. Karen Ferreira

Fonte: Portal Mapa da Dor